Por Giovanna Falchetto, coordenadora de comunicação e marketing do PiniOn.
Tendência consolidada em diversos setores, a gamificação também tem seu lugar ao sol quando falamos de pesquisa. Integrar elementos de jogos em pesquisas digitais não só torna a experiência mais intuitiva para o respondente, mas também traz uma revolução na qualidade dos dados coletados para as empresas, por conta do alto engajamento.
Muito além de entretenimento
Embora a gamificação tenha sido inicialmente associada a jogos e entretenimento, no contexto das pesquisas de mercado ela se revela como uma ferramenta estratégica para engajamento e coleta de dados de pessoas reais.
Ao inserir elementos de jogo, como desafios, pontuações e recompensas, as empresas conseguem aumentar a motivação dos respondentes, incentivando-os a responder a um número maior de questões e a fornecer dados mais detalhados. Contratar pesquisas digitais é uma prática cada vez mais adotada por empresas que buscam basear suas decisões em dados.
As missões podem ser adaptadas às necessidades específicas de cada cliente, possibilitando a coleta de dados sobre pontos de venda, perfil do público-alvo, percepção de marca, análise da concorrência e dados competitivos em geral. Isso proporciona às empresas informações essenciais para a estratégia de vendas, marketing e posicionamento no mercado.
Transformando dados em decisões inteligentes
A combinação de gamificação com inteligência de mercado permite uma visão mais aprofundada dos consumidores e suas preferências, com acuracidade e agilidade. Isso facilita a previsão de tendências e padrões de consumo, ao gerar compreensões eficientes que ajudam a alinhar o modelo de negócios às necessidades reais do mercado.
Embora a gamificação seja tradicionalmente associada a jogos, as empresas de pesquisa que adotam essa prática fazem isso com seriedade, aplicando metodologias rigorosas para garantir a qualidade da coleta e a precisão das informações.
Boas práticas para garantir a qualidade dos dados
Lógica:
Todo desenvolvimento de pesquisa inclui o planejamento cuidadoso da lógica dentro do questionário, para evitar inconsistências nas respostas. Uma prática comum é fazer a mesma pergunta em diferentes formatos, garantindo que as respostas sejam consistentes e que o participante não esteja apenas assinalando respostas de forma aleatória.
Monitoramento:
O tempo de interação do usuário com a pesquisa é outra métrica importante. Se o respondente gastar menos de 5 segundos em uma tela de perguntas, dificilmente ele estará respondendo de maneira atenta. Respostas que indicam falta de atenção são descartadas, garantindo que apenas dados precisos sejam considerados.
Controle:
Para garantir a autenticidade e a diversidade das respostas, uma boa prática é o controle rigoroso de IDs dos usuários. Isso impede que o mesmo respondente participe mais de uma vez na mesma pesquisa, especialmente em estudos recorrentes, onde é crucial variar o perfil dos participantes.
Gamificação e a evolução da pesquisa mobile
A transformação da pesquisa de mercado por meio do uso de gamificação é um exemplo claro de como a tecnologia pode redefinir setores tradicionais.
Quanto mais cedo as empresas perceberem o valor de dados reais e precisos, coletados em grande escala, mais à frente estarão em relação à concorrência. A pesquisa, quando encarada como um investimento estratégico, não só melhora a compreensão do mercado, mas também impulsiona a competitividade no longo prazo.
