A ascensão do live commerce e dos vídeos curtos está transformando a relação entre marcas e consumidores, especialmente entre os jovens da Geração Z.
Segundo dados apresentados na NRF 2025, maior evento global do varejo, transmissões ao vivo podem gerar taxas de conversão até 10 vezes superiores às do e-commerce tradicional.
A tendência foi reforçada como uma estratégia essencial para empresas que desejam aumentar suas taxas de conversão e fortalecer a conexão com seu público
Com o TikTok se consolidando como uma das principais ferramentas de busca entre os jovens, a preferência por formatos dinâmicos e visuais se tornou um ponto crítico para as estratégias de marketing.
Segundo relatório da Moyens I/O, 83% da Geração Z faz compras nas redes sociais. Outro estudo, realizado pela Adyen, identificou que 48% desse público realizou compras nas redes sociais nos últimos 12 meses.
“O consumidor da Geração Z quer interação em tempo real, recomendações autênticas e experiências que vão além da tradicional jornada de compra. O live commerce permite que marcas ofereçam exatamente isso, conectando-se com o público de forma mais espontânea e engajadora”, destaca Fabrizzio Topper, diretor de estratégia e inteligência na Quality Digital.
Como as marcas podem se adaptar
De acordo com ele, para capturar a atenção dessa audiência e maximizar o potencial de conversão do live commerce, as empresas devem considerar algumas estratégias.
- Apostar em transmissões ao vivo para lançamentos e promoções, criando senso de urgência e maior envolvimento.
- Adaptar conteúdo para vídeos curtos em plataformas como TikTok e Instagram Reels, utilizando linguagem e estética alinhadas à Geração Z.
- Utilizar ferramentas analíticas para medir a eficiência das transmissões e ajustar a estratégia em tempo real.
- Explorar o live commerce para produtos de alto giro, impulsionando compras impulsivas e conversões rápidas.
- Envolver influenciadores e criadores de conteúdo, aumentando a autenticidade e o alcance da mensagem.
A força dos influenciadores no consumo da Geração Z
Ele reforça que a colaboração estratégica com influenciadores tornou-se um dos pilares do varejo digital. Marcas como Skims, de Kim Kardashian, demonstraram o impacto dessa abordagem, alcançando um crescimento de 45% em 2023 e atingindo uma receita de US$ 713 milhões. No Brasil, nomes como Boca Rosa seguem esse modelo, utilizando redes sociais e live commerce para potencializar resultados.
“A parceria com influenciadores não apenas amplia o alcance, mas também fortalece a autenticidade das campanhas, criando uma conexão mais genuína com os consumidores”, ressalta.
De acordo com o especialista, as marcas que desejam explorar essa tendência devem ir além de avaliar o número de seguidores e escolher criadores alinhados aos valores da empresa, investir em campanhas colaborativas que contem boas histórias e medir constantemente o retorno sobre investimento das ações.
Ele também acrescenta que, com consumidores cada vez mais exigentes e conectados, a evolução das estratégias digitais é essencial para que marcas não apenas atraiam, mas também fidelizem sua audiência.
“O varejo precisa compreender que a experiência de compra está mais imersiva do que nunca. Aquelas marcas que souberem equilibrar entretenimento, interação e conveniência sairão na frente”, conclui.