Se você ainda não ouviu falar de RevOps, é questão de tempo. E pouco tempo. Revenue Operations é, hoje, o modelo que está transformando como as empresas crescem. A lógica é simples: em vez de marketing, vendas e sucesso do cliente atuarem separados, cada um com suas métricas e objetivos, o RevOps coloca tudo isso na mesma mesa. Com dados integrados, processos alinhados e um foco só: gerar receita de forma eficiente e sustentável.
O que está puxando essa mudança é a realidade do mercado. Está cada vez mais caro gerar novos leads e conquistar novos clientes. Se a operação não é integrada, o desperdício de tempo e dinheiro é inevitável. Empresas que operam sem uma visão única de receita podem perder performance, atrasar decisões e prejudicar a experiência do cliente. RevOps nasce para corrigir exatamente isso: organizar a casa, acelerar o crescimento e dar escala de forma inteligente.
Os números falam por si. Segundo a consultoria Business Research Insights, o tamanho do mercado global de serviços de operações de receita era de US$ 0,23 bilhão em 2024 e a projeção é de que cresça em US$ 0,8 bilhão até 2033, algo como 14,9%. Aqui na 8D Hubify, a gente já sentiu essa virada na prática: nos dois primeiros anos da fusão, crescemos mais de 40% ao ano, mais que dobramos o faturamento e quase triplicamos o lucro. Isso não foi coincidência. Foi a consequência direta de colocar RevOps no centro da operação.
E o que significa na prática operar em modelo de Revenue Operations? Significa transformar o jeito de trabalhar, deixando o cliente realmente no centro. Foi assim com o Consórcio Magalu, que integrou o NPS (Net Promoter Score, ou pesquisa de satisfação do cliente) ao CRM e redesenhou o processo de escuta ativa dos clientes neutros. Resultado: em três meses, o NPS subiu 3,4 pontos e a percepção de valor aumentou junto aos clientes. Foi assim também com o Grupo Zelo, que reduziu o tempo de resposta inicial de 24 horas para apenas 8 minutos, aumentando o SLA (Service Level Agreement, ou termos de acordo do serviço) para 87% e, com isso, impactando diretamente na redução das saídas de clientes da carteira.
Outro motor dessa transformação é a Inteligência Artificial. RevOps sem IA é como acelerar de primeira marcha. Na 8D Hubify, a IA já faz parte do nosso dia a dia e está otimizando jornadas, automatizando interações e melhorando a eficiência operacional. Conseguimos multiplicar por seis a taxa de resposta do NPS mudando a abordagem de e-mail para WhatsApp, com comunicação personalizada e contínua. É um exemplo simples, mas que mostra como a metodologia certa, no processo certo, destrava o crescimento de verdade.
A boa notícia é que o mercado está começando a olhar para RevOps. O tema será tratado no RevOps Summit 2025, no Cubo Itaú, em 21 de maio, evento anual que reúne executivos para falar sobre integração entre marketing, vendas e sucesso do cliente com foco em receita
A má notícia é que nem todo mundo está preparado. Um levantamento da Salesforce aponta que só 41% dos executivos se sentem seguros com o tema. RevOps exige mais do que boa vontade, exige conhecimento, disciplina e mudança de mentalidade. Quem ainda não conhece RevOps está correndo contra o relógio. E quem conhece, mas ainda não começou a implementar, está perdendo tempo e dinheiro. Não é uma tendência que pode ser ignorada. É um novo jeito de construir crescimento e quem entender isso primeiro vai sair na frente.