Nos últimos anos, especialmente durante a pandemia, o marketing digital deixou “nice to have” para se tornar uma necessidade estratégica para qualquer empresa que deseja crescer de forma sustentável. No entanto, diferente de mercados mais maduros, os números brasileiros ainda mostram uma distância considerável entre o ideal e o praticado em relação aos investimentos nesta área.
Uma pesquisa recente realizada pela 8D Hubify, com 363 empresas de diferentes portes, revelou que 56% delas investem até 5% do faturamento em marketing digital, ou não acompanham esse indicador. O dado, por si só, acende um alerta. Ainda mais quando contrastado com as recomendações de mercado: segundo a Forrester Research e a eMarketer, empresas consolidadas deveriam destinar entre 6% e 12% do faturamento à área, enquanto negócios menores precisam aportar de 12% a 20% para ganhar competitividade.
Esse descompasso na comunicação por meio do marketing digital pode comprometer o posicionamento das marcas, seu alcance comercial e a experiência do cliente, elementos centrais para gerar valor em mercados cada vez mais exigentes e digitalizados.
Mas, há indicativos de que esse cenário pode mudar no curto prazo: 56% dos respondentes na pesquisa afirmaram que pretendem aumentar seus investimentos em marketing em 2025, apostando principalmente em Mídia Paga, Inbound Marketing e Redes Sociais. Outro destaque positivo é que 70% das empresas já utilizam inteligência artificial no dia a dia do marketing.
Esses dados sinalizam que o mercado está amadurecendo e buscando estratégias robustas e tecnológicas. Assim, o desafio agora é aumentar os investimentos, mas também diversificá-los com inteligência. O modelo de Revenue Operations (RevOps), que integra marketing, vendas e sucesso do cliente em um fluxo contínuo e orientado por dados, tem se mostrado uma alternativa eficiente para alcançar esse equilíbrio.
Mais do que simplesmente aumentar os aportes, as empresas precisam aprender a investir com critério, propósito e nas pessoas certas, extraindo o máximo de cada real investido. Isso passa, inclusive, por escolher profissionais com capacidade analítica, visão estratégica e foco em resultados reais: sem fórmulas prontas ou “verdades absolutas”. Investir mais é importante. Investir certo, mais ainda. Não basta escolher a estratégia da moda ou replicar o que a concorrência faz. É preciso construir um ecossistema de ações integradas, orientadas por dados e centradas na jornada do cliente para que o marketing seja um motor de crescimento do negócio.