De olho nas tendências que estão moldando a gestão do futuro, a Senior Sistemas promoveu nesta terça-feira, dia 7 de outubro, em São Paulo, mais uma edição do Senior Experience.
O evento reuniu líderes e especialistas de diferentes segmentos para discutir inovação, tecnologia e o papel da inteligência artificial (IA) na evolução das empresas.
A abertura contou com Carlenio Castelo Branco, CEO da Senior Sistemas, que reforçou o momento de expansão da empresa, hoje a segunda maior companhia de software para gestão do país.
“Mercado de ERP deve crescer US$ 238 bilhões até 2032. O futuro do ERP é integrado à IA, com cada vez mais ganho de tempo. Clareza, velocidade e precisão é o que proporcionamos através das nossas soluções. Nosso compromisso é ajudar as empresas“.
Marcos Piangers, seguiu energizando a plenária. Ele compõe o quadro com mais de 70 palestrantes que passaram pelos palcos. Em sua fala, ele passa por temas em comum como gestão da família, mas que de alguma forma se conecta aos negócios.
“A tecnologia é imparável. O que temos é uma oportunidade única hoje. Apesar disso tudo, as pessoas precisam usar a tecnologia. Isso porque estamos treinados para fazer o mínimo, o básico. É preciso ter coragem para ser diferente, afinal, grandes inovações nao acontecem no mais do mesmo“.
Na sequência, acompanhei Roberta Bigucci, diretora da MBigucci, uma das maiores construtoras do Brasil. Ela contou a história do pai, que fundou a empresa em 1983.
“No fim, é sempre a construção de sonhos e construção de gente. São 42 pontos de contato com um cliente dentro da construtora, então é preciso estar preparado“.
Ela cita o Senior Mega como uma solução que organiza todos esses dados e entrega tomada de decisões. Mais recentemente, a construtora criou a Milli, uma IA que auxilia no atendimento dos clientes, a maioria no mercado do Sudeste. A tecnologia também permeia a entrega dos empreendimentos da construtora como o home store, uma experiência imersiva para clientes que querem adquirir um imóvel. Além disso, entregaram um empreendimento no formato online quatro dias após a pandemia começar no Brasil, em março de 2020.
Na sequência, acompanhei Felipe Miranda, CEO da Empiricus, que falou sobre como a macroeconomia impacta os negócios.
“Está acontecendo algo meio diabólico com o Brasil, mas não devemos desistir dele“.
Ele destaca que para saber se a Bolsa está cara, basta olhar para os IPOs.
“Estamos há 4 anos sem IPOs. Nenhum empresário está topando vender neste momento. Inclusive, tem 106 recompras rodando atualmente no país. O Brasil está barato. A Selic vai cair em algum momento. Precisamos respeitar nossa carteira pessoal, mas considerar também um pouco do risco ainda no Brasil“.
Em seguida, acompanhei Pablo Toledo, diretor de comunicação e branding da BYD, acredito que a marca de veículos elétricos mais conhecida do mercado atual.
“Trazer a eletrificação para o Brasil gera muitas dúvidas. A BYD hoje é a maior do mundo, superando Tesla“.
Nesta semana, inclusive, a empresa lança uma marca premium no Brasil, a Denza, com presença do CEO global, Wang Chuanfu, que está em São Paulo.
“A empresa também atua em outros segmentos como transporte ferroviário, energia renovável e eletrônicos”
“1 em cada 5 smartphones no mundo tem algum componente da BYD. Registramos em média 40 patentes por dia no mundo e a nossa ideia é abrir 3 centros de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil em breve“.
Ele ressalta que a marca não é uma montadora, mas sim, empresa de tecnologia. No Brasil, está há mais de 12 anos. Inclusive, 8 em cada 10 novos carros elétricos vendidos no país são da marca. São 190 concessionárias e a meta é chegar em 150 até o fim do ano.
“A tecnologia está feita. Nossa missão é popularizar“.
Na fábrica de Camaçari, na Bahia, que recebeu um investimento de R$ 5.5 bilhões, terá capacidade de produzir 150 mil veículos na primeira fase e até 300 mil na segunda, considerando dobrar para 600 mil por ano, de acordo com o CEO global em entrevista ao Neofeed citada durante a palestra. A capacidade de contratação é de 20 mil pessoas, sendo a maior fábrica da marca fora da Ásia.
Na Arena AWS, um dos palcos do evento, João Rubens Costa, co-fundador do HackTown, falou sobre como criar uma cultura inovadora nos negócios. Com 160 empresas de tecnologia, Santa Rita de Sapucaí, de onde ele vem e onde é co-fundador do evento, é hoje nacionalmente conhecida como sede de um dos maiores eventos de inovação do país.
Ele e mais dois amigos, pensaram em criar eventos paralelos na cidade inteira, que hoje concentra cerca de 40 mil habitantes, mas atrai 30 mil pessoas por conta do evento.
“O HackTown tem 50 ações simultâneas. A gente entende que não precisa ser um grande centro para discussões, mas também há potencial para falas em bares, restaurantes e casas, por exemplo, estourando a bolha do confortável“.
Junior Borneli, CEO da Startse, falou sobre como negócios precisam pensar sobre visão de longo prazo:
“Não existe futuro forte com presente fraco. Será que temos as ferramentas necessárias para crescer daqui para frente?“.
Ele destacou sobre a importância de olhar para o negócio com mais frieza e realmente fazer uma mudança pensando no futuro:
“Quem escolhe o futuro sabe que não será fácil. Se alguém ainda está falando em transformação digital, já está atrasado. Agora é a IA“.
Joaquim Medina, account manager do Google, veio para falar sobre o que os dados ensinam sobre o consumo.
“O consumidor hoje é fluido e simultâneo“.
Hoje são mais de 5 trilhões de buscas no Google anualmente. A geração Z é uma das mais ativas nesse volume. Para marcas, ele destaca o Google Lens, que alia imagem na busca do usuário. Só nessa ferramenta são 25 bilhões de buscas por mês. Já a AI Overviews inaugura a nova era de buscas. Essa é outra ferramenta apresentada por ele.
“A IA está impulsionando negócios. Com o overviews a busca se torna um componente comercial potente“.
Também assisti a apresentação do Gabriel Motomura, associate partner no BTG Pactual, que falou sobre a revolução digital dos bancos.
No BTG Pactual Empresas, especificamente, onde concentra mais de 250 mil contas, R$ 27 bilhões de portfólio de crédito e R$ 400 bilhões de volume desembolsado desde 2019, ele contou como foi criar o braço dentro de um dos maiores bancos do Brasil.
“Tive a ideia, em meados de 2018. Os sócios aceitaram depois de muitos questionamentos. Na pandemia, fomos o primeiro a emprestar dinheiro para PMEs no Brasil, atingindo R$ 9 bilhões em 2020“.
Hoje o braço contempla conta digital, automação, APIs, FOPA, antecipação de recebiveis, entre outros.
Ana Paula Padrão, uma das estrelas da noite, concedeu entrevista exclusiva. Perguntei sobre como ela vê o poder de transformar sua carreira em várias fases da vida.
“Treinar resiliência, que não é exatamente um ponto forte de quem está chegando no mercado, mas é muito necessário se você quer construir qualquer trajetória de sucesso“.
Guga, o rosto e embaixador da Senior nas campanhas de marketing, fechou a noite com uma palestra inspiracional sobre sua carreira. Sempre muito animado, “jogou” com a plateia. Com uma raquete, arremessou bolinhas de tênis e traduziu o que o evento da Senior significa: conexão!

Além das palestras, o evento contou com uma feira reunindo marcas parceiras e soluções tecnológicas voltadas a diversos segmentos, como tecnologia, agronegócio, indústria, varejo, construção e serviços. Entre os expositores estavam empresas como Onfly, UpQuery, BTG, Huawei Cloud, IBM, Selbetti, WMW Systems, entre outras.
Com mais de 2 mil participantes, o evento reforçou o protagonismo da gigante blumenauense na transformação digital das empresas brasileiras e o papel da tecnologia na construção do futuro dos negócios.