Por Luiz Jeronimo Stamboni, CEO e fundador da added today.
A creator economy evoluiu e com ela, a exigência de que criadores deixem de atuar apenas como influenciadores e passem a agir como líderes de negócio. No centro dessa transformação está uma mentalidade-chave: pensar como CEO do próprio conteúdo.
Na prática, isso significa adotar uma visão estratégica de tudo o que envolve a carreira: definir metas, gerir receitas, interpretar dados, entender o público e estruturar processos. O criador que opera nesse modelo deixa o campo do improviso e entra na zona da execução, sai do “postar e torcer” e passa ao “executar, medir e ajustar”, se tornando um verdadeiro profissional gerindo a própria carreira.
Os erros mais comuns entre criadores de conteúdo refletem a ausência dessa visão empresarial. Muitos dependem exclusivamente das plataformas, sem construir base própria, ignoram contratos e negligenciam a gestão financeira, o que resulta em um crescimento pontual e pouco sustentável.
Ao pensar como CEO, ele deixa de ser refém do algoritmo e passa a gerir uma marca com propósito. Ele cria estrutura, estabelece métricas e toma decisões com foco em longo prazo, uma virada que transforma a influência em negócio real.
Mais do que produzir conteúdo, é preciso coordenar a audiência, a reputação e a receita. Isso envolve olhar para finanças, dados, posicionamento, seu relacionamento com marcas e investir no desenvolvimento de produtos, como mentorias ou licenciamento. É um ecossistema completo que precisa ser administrado com profissionalismo.
O criador que adota essa postura deixa de reagir ao mercado e passa a liderá-lo. Constância, liderança e visão de longo prazo passam a ser os pilares de uma marca sólida e não mais apenas um perfil de sucesso, mas uma empresa criativa com propósito.
O futuro da creator economy pertence a quem entende que conteúdo é um ativo e que uma boa gestão pode se tornar um grande diferencial competitivo