A Banlek, maior plataforma de fotógrafos da América Latina, atingiu R$ 16 milhões em receita e está em crescimento acelerado, com uma meta de R$ 40 milhões de faturamento para 2025.
A plataforma oferece um marketplace de fotógrafos, no qual o cliente pode filtrar por região e segmento, como corporativo ou esportivo. O fotógrafo não paga para estar lá e pode ser contatado diretamente pelo WhatsApp para fechar o negócio, com uma pegada de OLX.
Como nasceu a Banlek
Ainda em 2019, Sérgio Illa, um dos fundadores e idealizadores da startup, levou o seu filho para tirar fotos na praia do Rio de Janeiro.
Lá, outras crianças e adolescentes também pediram por fotos e falaram que pagariam pelo trabalho. Com isso, Sérgio encontrou uma oportunidade de negócio e convidou Jonathas Guerra, que é programador, para ser seu sócio e desenvolver o projeto.
A empresa, que foi lançada em janeiro de 2020, precisou pausar as atividades logo em março, no início da pandemia, e remodelar sua estrutura de negócio.
“Retornamos somente em outubro do mesmo ano com uma plataforma totalmente nova. Aproveitamos o período de quarentena para desenvolver tudo e entregar o produto mais sólido para os fotógrafos. No início, cobramos uma taxa, mas rapidamente conseguimos diminuir para 9%, taxa nunca vista no mercado até aqui. Isso impactou não só o sucesso da Banlek, mas todas as outras plataformas para fotógrafos que já existiam”, conta Jonathas Guerra, CEO e sócio-fundador da startup.
Em 2021, após Sérgio sair da sociedade da empresa, Jonathas precisava de ajuda e decidiu unir sua vida pessoal e profissional, e então trouxe a esposa, Maria Eduarda, para dentro da Banlek.
“Durante a época de covid, minha esposa trabalhava em dois hospitais na linha de frente como fisioterapeuta respiratória. Quando o Sérgio saiu, senti que precisava de ajuda e convidei a Duda para se juntar à Banlek. Hoje, ela é nossa CFO e digo que compõe 90% da Banlek, ela nos colocou no patamar que estamos atualmente. Acredito que nossa parceria na vida e no trabalho funciona porque dormimos e acordamos com o propósito do nosso lado”.
Hoje, a Banlek conta com dois sócios: Jonathas e Valentim Magalhães.
Apenas no primeiro semestre de 2024, a empresa teve um crescimento superior a 100%, o que permitiu aumentar o time de 36 para 56 colaboradores.
“Hoje, já estamos presentes em mais de 5 mil cidades. Esses números vêm porque trabalhamos muito para que o fotógrafo entenda que, realmente, depois da Banlek, ele tem uma empresa alinhada como sua melhor amiga. O nosso principal modelo de expansão foi, além da presença física em eventos do setor, o boca a boca entre os fotógrafos. As indicações de um para outro que recebemos foram o nosso maior fator de crescimento”.
O propósito da empresa é o fotógrafo
Antes da Banlek surgir, as outras empresas do mercado definem o valor do trabalho de cada fotógrafo, sempre colocando o preço cada vez mais baixo e uma taxa alta, fazendo com que os profissionais ganhassem pouco.
Na plataforma, o fotógrafo define o valor do seu trabalho.
“Apoiamos o fotógrafo não só em tecnologia, mas também temos um treinamento online gratuito para entender o tipo de fotografia que ele faz e se está disposto a fotografar fora da sua área de conforto. Também ensinamos a aplicar um modelo de inversão de risco no trabalho com a fotografia e em outras áreas que deseja. Na Banlek, o fotógrafo faz a foto e o cliente compra só se quiser. A inversão de risco é a melhor alternativa para trazer liberdade ao profissional e um preço acessível para o cliente”
Se posicionando para oferecer um serviço diferenciado a um valor extremamente acessível, a startup obrigou as outras plataformas a diminuírem suas taxas para tentar compensar o ganho de mercado que a Banlek conseguiu rapidamente.
“Enquanto as outras empresas cobravam uma taxa de 30% em cima do trabalho dos fotógrafos, a Banlek cobrava 9%. Nós nos preocupamos com o fotógrafo e não com o dinheiro. O nosso faturamento vem do grande número de fotógrafos que temos na plataforma, não do valor da taxa que cobramos deles. Lutamos para permanecer no objetivo de aumentar o padrão da fotografia online”.
Recentemente, a empresa adquiriu o SurfMappers, uma comunidade virtual para surfistas e fotógrafos, e também fez a compra da Epics, uma empresa concorrente com mais de 15 anos de mercado, por R$ 9,5 milhões.
Agora, além de fotos digitais, a o negócio também oferece soluções para vídeos e fotos impressas, cuidando de todo o processo e ampliando as possibilidades de ganhos para seus parceiros.
Com uma base de usuários que só cresce, a plataforma tem mais de 6 milhões de clientes mensais querendo contratar fotógrafos e está entre os 350 sites mais acessados do Brasil.
“Temos investido na capacitação dos fotógrafos e recentemente lançamos cursos online gratuitos. Também iniciamos uma parceria com a Amazon AWS para o reconhecimento facial e estabelecemos uma meta ambiciosa de alcançar 3 bilhões de fotos só em 2027, sendo que neste ano já atingimos 500 milhões”, finaliza.