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O risco duplo das grandes empresas: quando não inovar é perigoso, e inovar sem proteger é fatal

Foto: imagem gerada por IA
Foto: imagem gerada por IA

Durante muito tempo, o tamanho de uma empresa era sinônimo de estabilidade. Hoje, essa lógica se inverteu.
Em um mercado cada vez mais dinâmico e digital, a agilidade e a capacidade de inovar tornaram-se os verdadeiros indicadores de sobrevivência.

A ascensão das startups e das govtechs demonstra como estruturas menores, com menos recursos e mais flexibilidade, conseguem transformar setores inteiros, da mobilidade ao sistema financeiro. Enquanto isso, grandes corporações enfrentam dois riscos que podem comprometer sua sustentabilidade: não inovar ou inovar sem proteger.

A estagnação da não inovação

Empresas que deixam de inovar perdem rapidamente sua relevância. Mudanças tecnológicas, novos comportamentos de consumo e transformações regulatórias exigem adaptação constante.

Quem não acompanha o ritmo acaba ficando preso a processos obsoletos, custos elevados e perda de talentos. A inovação deixou de ser uma opção estratégica: tornou-se uma condição básica de permanência no mercado.

O outro extremo: inovar sem proteger

O segundo risco é mais silencioso, e igualmente destrutivo. Muitas organizações já entenderam a importância de inovar, investem em P&D, criam soluções disruptivas e fortalecem sua cultura de inovação. Mas falham em um ponto crucial: a proteção da propriedade intelectual.

Sem o devido registro de patente, uma inovação pode ser facilmente copiada, replicada ou até registrada por terceiros.
O resultado é que o esforço de anos e o investimento de milhões acabam beneficiando concorrentes mais rápidos ou mais estratégicos.

A ausência de proteção também reduz o valor de mercado da empresa, já que ativos intangíveis, como patentes e softwares, são cada vez mais determinantes no valuation e nas negociações com investidores.

Inovar sem proteger é como construir um castelo sobre areia

A metáfora é perfeita: bonito, mas sem base sólida para sustentar o futuro. Proteger a inovação é garantir que o conhecimento se transforme em patrimônio corporativo, com exclusividade e segurança jurídica.

É também uma forma de assegurar retorno sobre o investimento e de posicionar a empresa de forma estratégica diante de editais, licitações e incentivos públicos à inovação.

A inovação com propósito e proteção

O verdadeiro diferencial competitivo do século XXI não está apenas em inovar, mas em inovar com propósito, estratégia e proteção.

Empresas que compreendem a importância da propriedade intelectual constroem vantagens sustentáveis, atraem talentos qualificados e fortalecem a confiança de investidores e parceiros.

O futuro pertence às organizações que unem inovação, execução e proteção, e que compreendem que o conhecimento, quando bem gerido, é o ativo mais valioso de todos.

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Fundadora da Inomapi e co-fundadora e COO da TrailGov.

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