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Se seu time já se desligou de 2025, como será em 2026?

Foto: divulgação
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Por Denise Joaquim Marques, consultora de negócios especializada em vendas e marketing, com foco em estratégias de alta performance, liderança comercial e diferenciação de mercado.

Todos os anos, o mesmo enredo se repete. Dezembro chega e algo muda de forma quase imperceptível. O ritmo desacelera, a energia diminui e a disciplina começa a oscilar. Pode parecer apenas o cansaço natural do fim do ciclo, mas na maioria das vezes é o sinal de que parte da equipe já se desligou do ano, embora o calendário ainda não tenha terminado. Quando essa queda passa despercebida, janeiro deixa de ser um ponto de partida e se transforma em um mês pesado, arrastado e ineficiente.

Essa desaceleração não aparece em grandes rupturas. Ela surge no desânimo que toma conta das reuniões, na falta de iniciativa, na energia que some quando ainda há metas abertas ou mesmo quando já foram atingidas. Muitos interpretam isso como uma espécie de direito adquirido ao descanso, mas o efeito é profundo. Times que se desligam no fim do ano precisam de semanas para reencontrar ritmo, foco e clareza. O primeiro trimestre deixa de ser uma largada e passa a ser um esforço para retomar aquilo que foi perdido em dezembro.

Todavia, o erro está em acreditar que esse movimento é inevitável. Líderes atentos percebem que o último mês do ano é o que define a força dos primeiros meses seguintes. Quando a equipe chega ao final com propósito preservado, janeiro deixa de ser um retorno lento e se torna um ponto de aceleração. Isso exige presença, leitura precisa do time e capacidade de realinhar expectativas com simplicidade e objetividade. Não se trata de exigir mais, significa criar condições para que o ciclo termine de forma consciente e comece sem peso desnecessário.

Uma conversa franca, uma revisão de prioridades ou um reforço de direção são atitudes que costumam ser suficientes para recuperar o que se perdeu no caminho. É nesse ajuste mínimo que o senso de conquista reaparece e a equipe volta a enxergar sentido no esforço que ainda precisa ser feito. Nada disso exige complexidade, apenas intenção. Ignorar essa dinâmica significa aceitar que 2026 começará em desvantagem, com um time que precisa reaprender a se mover antes mesmo de avançar.

Se você identifica que o seu time já se desligou de 2025, este é o momento de corrigir imediatamente a rota. O ano não acabou. O que for feito agora define não apenas como a equipe encerra o ciclo atual, mas principalmente como ela atravessa a linha de largada de 2026.

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