O avanço da tecnologia de transmissão em fibra óptica popularizou o acesso à internet banda larga em diferentes lugares do Brasil através de provedores de internet independentes e, com a chegada da pandemia, esse mercado se expandiu ainda mais.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados divulgados pela Anatel, o número de acessos de banda larga fixa cresceu 241% desde março de 2020, o que representa um aumento de 16,6 milhões para 39,9 milhões.
No caso das empresas que aderiram ao modelo de home office, desde o início do isolamento social, foi registrado um aumento de mais de 40% no consumo de internet banda larga pelas operadoras de telefonia.
Com esse crescimento expressivo, novas oportunidades de negócios surgem no mercado. Tendo em vista este contexto, a Celeti, fornecedora de hardware e serviços para provedores de internet, vem desenvolvendo estratégias que buscam aumentar o leque de ofertas para os ISPs irem além da conectividade.
Fundada em 2019, a empresa conta com cerca de 4.500 ISPs atendidos e mais de 70 colaboradores, tendo e um centro de distribuição (CDs) e sede no Rio de Janeiro, além de outros dois CDs, em Santa Catatarina e no Espírito Santo.
Nos últimos anos, a empresa apontou crescimento expressivo, ultrapassando a marca de R$ 200 milhões. Um dos grandes diferenciais da companhia é a experiência de seus sócios na área de telecomunicações, que possuem grande visão no mercado de ISPs.
Com isso, a empresa tem em seu DNA o propósito de otimizar o atendimento dos provedores de internet independentes, além de democratizar o setor, dando suporte para que as empresas de menor porte sejam mais competitivas diante dos grandes players.
Atuando em duas frentes de trabalho, tem como público-alvo pequenos provedores, ofertando formas facilitadas de compra de equipamentos para a banda larga e fibra óptica.
Isso porque, através de um fundo próprio FIDC registrado na B3, que conta com o aporte de investidores institucionais relevantes, a empresa oferece crédito para seus clientes na compra de equipamentos de rede de primeira linha.
Para dar suporte às operações, são cerca de 30 profissionais no departamento financeiro, além de um database e uma metodologia de análise de crédito personalizada que tem alavancado os negócios de seus clientes.
Inclusive, recentemente, a companhia captou novos recursos para ampliar a oferta de equipamento e softwares para infraestrutura de banda larga.
Os recursos continuarão a ser usados para financiar a aquisição de infraestrutura tecnológica para os pequenos provedores, sendo que a Celeti anuncia o início do serviço de locação de equipamentos, com crédito de até R$ 1 milhão aos ISPs, dividido entre 24 e 36 meses para pagar.
Além disso, com o compromisso de estimular a competitividade dessa comunidade, estes recursos também serão usados para apoiar em treinamentos e suporte para os empreendedores.
De acordo com Fabio Moreira, diretor de marketing da Celeti, uma parte expressiva da disponibilização de internet para os usuários vem de pequenos provedores:
“Existem lugares remotos que ainda não contam com uma internet de qualidade, visto que as grandes empresas de telecomunicações não conseguem priorizar essas regiões. Para democratizar o acesso digital, capacitamos esses provedores menores com soluções em hardware, tanto de grandes fabricantes como em marca própria, adicionando crédito e serviços, para oferecerem banda larga em fibra óptica de qualidade para seus usuários. Esse é um mercado gigantesco, mas que as empresas de menor porte têm necessidades diferentes das grandes. Nosso objetivo é impulsionar esse crescimento do provedor local”.
PRÓXIMOS PASSOS
Além da venda de aparelhos, a Celeti estrutura uma nova frente, o Celeti Hub. A estratégia tem como objetivo ofertar serviços que agreguem valor a esses provedores, como o streaming, além de criar uma comunidade por meio da união de pequenos ISPs, para consolidação colaborativa nos setores de tecnologia, educação e profissionalização, descontos e compras, e marketing.
“O mercado de streaming está crescendo exponencialmente. Para se ter um parâmetro, cerca de 65% dos adultos brasileiros têm, pelo menos, um serviço de streaming. É um valor bem acima da média global, que é de 56%, de acordo com o relatório de adoção de Streaming Global da Finder. Ou seja, o streaming, somado a esses serviços financeiros, de gestão e de networking são, sem dúvidas, um caminho chave para o futuro desse mercado”, destaca João Diniz, diretor comercial da empresa.