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O impacto da boa governança de dados para além da Black Friday

Foto: divulgação.

Por Fabio Iamada, vice-presidente financeiro e de marketing da Orys.

Dados são a matéria-prima para tudo e ter um olhar voltado para esse conteúdo rico é tão fundamental quanto qualquer área dentro de uma corporação. E o marketing é o carro-chefe para puxar essa alavanca e direcionar todo o esforço para as outras frentes da empresa, seja no financeiro, no recursos humanos, novos negócios, vendas, entre tantas outras que possam gerar o elo entre essas áreas e as diversas informações coletadas.

Diante desse cenário sem volta para as empresas, chamo a atenção para a proximidade da Black Friday, data que absorve uma extraordinária capacidade de obter novas amostragens e ter os dados protegidos e seguros para serem utilizados em grande escala e sem qualquer preocupação para os líderes que conduzem suas equipes. Uma pesquisa do Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) aponta que no primeiro semestre de 2022 houve quase três milhões de ataques hackers no Brasil, alta de quase 10% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.

Vale, então, ressaltar a importância que uma boa governança, métrica estruturada e análise dos dados pode ter na estratégia do planejamento, produção e vendas para essa data. Entre os pontos que demandam atenção estão o controle efetivo dos diversos dados da empresa, problema com a segurança dos dados e qualidade dos dados de diversos sistemas.

 É notório o impacto imposto pelas ações coordenadas da Black Friday tanto na indústria quanto no varejo, que veem seus canais de compras onlines e lojas físicas serem pressionados pelos efeitos da grande procura de promoções. Para comprovar o crescimento do volume de compras esperado nos dias que antecedem essa data comemorativa e no próprio dia que acontece (25 de novembro), pesquisa da Ecglobal, do Grupo Stefanini, mostra que 76% dos mil entrevistados têm intenção de concretizar algum tipo de compra no período, contra 65% no ano passado. Os dados reforçam ainda que 36% das pessoas ouvidas disseram que iniciam as pesquisas por produtos e acompanham os valores mais 30 dias antes. Outros 22% verificam com 16 a 30 dias de antecedência.

Independentemente dos produtos a serem adquiridos nesse período, as empresas de vários setores precisam estar 100% antenadas para a relevância de ter sua base de dados dentro da garantia de uma governança voltada para essa proteção e segurança da informação que será amplamente trafegada pelos muitos e-commerces.

 Há alguns pontos que podem ser revisados e adotados para extrair bons resultados a partir dos dados: o mapeamento da vulnerabilidade das informações, geração de base de dados para testes, além da identificação, priorização, tratamento, enriquecimento, consolidação e monitoramento dos dados são medidas que devem estar no radar dos gestores. Sem contar que todos já deverão estar também totalmente adaptadas à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Medidas com essas podem fazer a diferença para seu negócio e estratégia de vendas. Para tanto, é de extrema importância voltar a atenção e foco para o quanto estão integrados os processos da empresa que comportam Data Analytics, Inteligência Artificial, Integração de Aplicações, Governança e Privacidade de Dados, Data-Driven. Isso para concentrar os esforços no ecossistema que resguardam com eficácia os dados que circulam pelas camadas e redes da infraestrutura de TI de todos os envolvidos na cadeia de atuação das empresas, que deve ser monitorada 360º por profissionais da linha de frente dessas corporações e de seus fornecedores. O ganho será exponencial, evitando que a base de dados sofra algum dano ou escape aos sistemas devidamente controlados por uma governança altamente direcionada para a proteção dessas informações que se avolumarão na esperada sexta-feira de grandes ofertas e promoções. E, nesse caso, não dá para pagar para ver.

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