Considerando todas as distribuições aos investidores por meio de operações de M&A, a Bossanova Investimentos, venture capital mais ativa da América Latina, conquistou 7 exits em 60 dias.
O número representa mais de um terço do total de transações que o setor brasileiro obteve no primeiro trimestre deste ano, que teve 17 operações do tipo, segundo a Distrito.
Entre as essas saídas da gestora estão: Medei, Becon, SS Telemática, DeuBom e CleanCloud. As outras duas aquisições ainda serão anunciadas, junto a mais duas saídas por recompra de investidor.
Para Thales Janguiê, diretor de M&A da Bossanova Investimentos, o cenário tem levado as startups a outras alternativas.
“Fatores como a retração econômica, a inflação e a alta de juros impactaram os aportes, assim como as oportunidades de saída, principalmente, por meio de IPO. Porém, continuamos sendo a alternativa para este momento econômico do país”.
De acordo com dados levantados, as operações de M&A no país têm mantido retornos interessantes nos últimos 4 anos. Foram movimentados US$ 51 bilhões na modalidade em 2018, atingindo, consecutivamente, nos anos seguintes, os valores de US$ 75 bilhões, US$ 180 bilhões, US$ 229 bilhões e US$ 236 bilhões.
Segundo Antonio Patrus, diretor financeiro da Bossanova Investimentos, os resultados da gestora mostram a resiliência das startups early stage em momentos de instabilidade:
“No mercado de investimento em Venture Capital no Brasil e no mundo, nos últimos sete anos, a fatia de early stage nunca ficou abaixo dos 62% nos dois contextos. Investir em startups dessa maturidade e fazer a saída em até cinco anos, o chamado early exit, tem trazido melhores retornos para os investidores”.
Em 7 anos de atuação, a gestora conquistou 90 exits e passou de mais de 1.500 startups investidas, tendo uma média de múltiplo de 5.6 vezes e um tempo de saída em 3 anos, comprovando a tese do investimento em early stage associado à estratégia do early exit.