Buscar inspiração na natureza é um meio científico para aprimorar tecnologias aplicadas em projetos. Foi usando esse método que estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Bento Quirino, de Campinas, encontraram nas flores de girassóis a ideia para o desenvolvimento de um sistema eletrônico que movimenta uma placa fotovoltaica.
O projeto tem como objetivo mostrar que placas de energia solar móveis conseguem captar mais luz e garantir maior geração energética.
O grupo foi classificado para a 20ª edição Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).
João Pedro Vieira Moretti, Júlio Cézar Silva de Macedo Mota, Matheus Eduardo Ribas da Silva, do terceiro ano do Ensino Técnico de Eletrônica Integrado ao Médio (Etim), formam o grupo que desenvolveu o projeto.
João Pedro explica que a ideia surgiu quando cursavam uma matéria sobre eficiência energética e pensaram na possibilidade de trabalhar um tema que envolvesse sustentabilidade:
“Conforme pesquisávamos sobre geração de energia limpa, descobrimos que a energia solar era a que mais fornecia potencial para geração elétrica, porém, a variação de luminosidade ao longo do dia a tornava limitada. Em busca de soluções, nos inspiramos nos girassóis e decidimos trabalhar em um mecanismo que se assemelha a flor”.
Foram realizados testes por meio simuladores disponíveis na internet e cálculos matemáticos para valores aproximados dos reais para desenvolver o trabalho.
“Nossas pesquisas apontam uma melhora de 20% a 30% de captação das placas móveis, quando comparadas a um projeto de painel estático. Os estudos que conduzimos mostram que a superfície móvel consegue manter 40 leds ligadas por 10 horas, já a superfície imóvel manteria as mesmas 40 leds ligadas por 8 horas”.