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Atenção founder, seus valores são tão escaláveis quanto a sua startup

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Quando falamos de startups, é comum pensarmos em crescimento acelerado, investimentos milionários e inovação disruptiva.

No entanto, muitas vezes, não evidenciamos a importância dos valores éticos e morais que devem guiar as ações das lideranças à medida que suas empresas crescem.

O fato é que, quando o negócio ainda é pequeno e tem poucos funcionários, a visão das pessoas fundadoras é importantíssima para criação de uma cultura consistente, focada na geração dos resultados necessários para que a startup cresça e amplie a sua relevância no mercado.

A forma como cada founder age diante da equipe, dos clientes e dos parceiros é observada por todos e consequentemente se torna exemplo.

Se as ações são questionáveis nos aspectos éticos, no longo prazo, essa empresa poderá ter lideranças seguindo padrões indesejáveis para uma cultura de trabalho saudável.

Esse contexto repercute diretamente na reputação da startup no mercado quando o alcance do seu produto se torna amplo. Vejamos alguns exemplos:

Uber

A Uber é uma das startups mais conhecidas da história recente. No entanto, a empresa enfrentou diversas polêmicas e crises de imagem relacionadas a questões éticas. Desde acusações de assédio sexual até práticas ilegais para competir com seus concorrentes, a Uber demonstrou que a falta de valores éticos pode prejudicar seriamente uma empresa. Inclusive, muitos desses fatos estão retratados na série “Super Pumped – A Batalha pela Uber”, que pode ser assistida no streaming Amazon Prime. 

Wework

A Wework, empresa que oferece espaços de trabalho compartilhados, era considerada uma das startups mais promissoras do mundo, avaliada em US$ 47 bilhões em 2019. No entanto, após uma série de escândalos envolvendo a conduta do seu fundador, Adam Neumann, a empresa foi forçada a adiar sua oferta pública inicial de ações (IPO) e viu sua avaliação despencar. Essa história também virou série, com o nome WeCrashed, você pode assisti-la na Apple TV.

Theranos

A Theranos, startup de tecnologia médica fundada por Elizabeth Holmes, prometia revolucionar a indústria de testes de sangue com uma tecnologia inovadora, chegou a ser avaliada em US$ 9 bilhões em 2014. No entanto, após uma investigação do Wall Street Journal, foi descoberto que a empresa estava fraudando resultados de testes e enganando investidores. Holmes foi indiciada por acusações de fraude e a empresa faliu. A história repleta de controvérsias éticas e morais, que mais parecem ficção, é contada na minissérie The Dropout, do streaming Star+. 

O que podemos aprender com esses exemplos?

A ética e os valores morais são tão importantes para o sucesso de uma startup quanto o seu produto inovador e também escalam, só que em proporções difíceis de mensurar.

Negligenciá-los pode colocar em risco a reputação da empresa e afetar sua capacidade de atrair investimentos e clientes.

Quem deseja fundar uma startup deve ficar atento à conduta pessoal em todas as fases de crescimento e ter em mente que seus valores e ética podem ser tão escaláveis quanto o seu produto.

Isso significa que, para crescer de forma sustentável, é necessário manter uma cultura ética forte, com princípios e valores que orientem as ações da empresa e de seus colaboradores.

É importante destacar que a ética não deve ser vista como um obstáculo ao crescimento, mas sim como um fator-chave para o sucesso de longo prazo.

Empresas éticas têm mais chances de construir relações duradouras com clientes e parceiros, além de atrair investidores com interesse em se comprometer com o sucesso do negócio.

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CEO da Inovenow

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