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Transparência é pilar da confiança do consumidor no varejo

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Foto: divulgação

Por Rogério Albuquerque, head de marketing e produtos da Card.

A falência de empresas tem sido alvo de muita discussão nos últimos meses. Provavelmente o caso mais lembrado seja o da Americanas, que no início do ano apresentou um déficit em suas finanças de R$ 20 bilhões e consequentemente entrou em processo de recuperação judicial.

Recentemente, a empresa admitiu fraude pela vez, e acusou ex-membros da diretoria de manipulação contábil.

Mesmo assim, muitas dúvidas surgiram deste caso, incluindo os processos internos e como um déficit tão grande passou despercebido durante gestões inteiras. Diante deste cenário, a transparência do setor foi colocada sob dúvida, e demais varejistas também se tornaram o centro das atenções.

O varejo brasileiro sempre foi peça importante do consumo nacional, e mesmo com a digitalização e a chegada do e-commerce, o ato de ir fisicamente ao local onde o produto desejado pode ser visto, tocado e testado ainda é muito presente na sociedade brasileira.

De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, as vendas do varejo físico no Brasil cresceram mais de 6% em janeiro, comparado ao mesmo período de 2022, maior número registrado pelo indicador em 18 meses, quando chegou a 10,6% em julho de 2021.

Sendo a transparência um dos pilares da confiança do consumidor quanto a qualquer negócio, situações como esta podem afastar clientes não somente da empresa envolvida com o escândalo, mas também o setor como um todo.

Como manter consumidor confiante

No caso de grandes varejistas, o ocorrido com a Americanas pode servir como exemplo a não ser seguido e as empresas de tamanho similar passaram a partir deste acontecimento apresentar de maneira mais clara os balanços e as despesas pertinentes.

De acordo com o levantamento da consultoria empresarial FTI consulting, das 10 empresas do varejo nacional com capital aberto na bolsa de valores que possuem perfil semelhante ao da Americanas, 7 melhoraram o modo de informar despesas com risco sacado após o acontecimento, sendo que as 3 empresas restantes já tinham formas mais transparentes de visualização do dado.

Este movimento além de fortalecer a imagem das empresas quanto ao público, oferece mais tranquilidade aos acionistas, e principalmente ao consumidor, que pode manter a confiança de compra tanto no ambiente digital, quanto físico.

Para os pequenos varejistas, a transparência também pode ser utilizada, mesmo que de maneira diferente em relação às grandes empresas, assim os vendedores de lojas menores devem construir nas relações diretas com o consumidor este processo de confiança e transparência que estimule compradores do varejo físico nacional.

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