2023 não tem sido um ano fácil para o varejo brasileiro, e buscar formas para reverter esse quadro, segurando a queda ou até mesmo almejando um resultado positivo deve estar no topo da lista de objetivos dos varejistas no segundo semestre.
Depois de um crescimento tímido no primeiro trimestre, com alta de apenas 2% nas vendas, segundo o IBGE, o primeiro semestre fechou em queda.
De janeiro a junho, as vendas no comércio caíram 3,4% em comparação com o mesmo período em 2022, aponta a sexta edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo.
Uma das fórmulas para conquistar novos clientes e reter os antigos é oferecer uma boa experiência de compra. Segundo Marco Beczkowski, diretor de vendas e CS da Manhattan Associates, empresa de tecnologia para a cadeia de suprimentos e comércio unificado, o primeiro passo é saber o que a marca entrega e o que não entrega quando comparada aos principais concorrentes.
“No varejo, os clientes estão consistentemente aumentando a aposta nos varejistas. Quando os consumidores desfrutam de um novo recurso oferecido por uma loja, um supermercado ou uma farmácia, eles esperam que os demais implementem rapidamente uma experiência semelhante, ou sua satisfação com os varejistas que não fizerem isso diminuirá”.
O estudo Retail Benchmark, Comércio Unificado, desenvolvido pela empresa, fez um levantamento com 120 dos principais varejistas especializados e marcas verticais nativas do mundo digital.
A pesquisa identificou 5 experiências do comércio unificado em que os líderes do varejo “aumentaram a aposta” para conquistar o consumidor.
“É enorme a disparidade entre os líderes que implementam experiências diferenciadas aos clientes e todos os outros varejistas. A implementação desses recursos torna críticos os investimentos em transformação digital para a conquista de KPIs, como aumentar o tráfego, as conversões e o valor médio dos pedidos na loja e reduzir o abandono dos carrinhos”, aponta o diretor. “O estudo, que é contínuo, e apontou também outras tendências valiosas para o mercado, pode servir como base para que os varejistas tomem melhores decisões e aprimorem a experiência do cliente”.
Confira alguns dos dados levantados pelo estudo:
- 80% dos principais varejistas permitem que os clientes filtrem os resultados dos itens por forma de fulfillment, em comparação com apenas 21% dos não líderes, o que representa uma variação de 59%;
- 93% dos principais varejistas especializados permitem que os clientes verifiquem o status de disponibilidade dos produtos por loja no carrinho, em comparação com 53% dos não líderes. Isso representa uma variação de 40%;
- 62% dos líderes exibem a disponibilidade de estoque em tempo real nas páginas de detalhes dos produtos. Há uma variação de 37% entre eles e os 25% dos varejistas não líderes que oferecem isso;
- 73% das marcas líderes oferecem personalização de produtos ou serviços de personalização de valor agregado, enquanto 39% das não líderes fazem o mesmo. Há uma variação de 34% entre os dois grupos;
- 86% dos principais varejistas especializados oferecem aos clientes a opção de resgatar pontos de fidelidade para pagamentos, em comparação com 52% dos não líderes. Isso representa uma variação de 34%.