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As 4 decisões mais difíceis para um CIO no Brasil

Thiago Spósito
Foto: divulgação

Por Thiago Spósito, sócio da Add Value.

A jornada de transformação digital para qualquer empresa é longa, complexa e repleta de percalços. Liderar times de Tecnologia da Informação é um desafio e tanto e as complicações associadas a isto não podem ser subestimadas.

Realizar mudanças na espinha dorsal do core business na esmagadora maioria das vezes é traumático, claro, mas necessário e os Chief Information Office (CIO) precisam tomar decisões estratégicas que nem sempre agradarão a todos. Abaixo destaco as decisões mais difíceis que os CIOs no Brasil devem tomar para os próximos anos.

1. Como introduzir IA

Segundo cálculos do relatório Global Artificial Intelligence Study da PwC: Exploiting the AI Revolution, até 2030, 45% dos ganhos econômicos de todos os setores produtivos virão da melhoria do produto. Isso porque a Inteligência Artificial (IA) vai conduzir a uma grande variedade de opções, muito mais personalizadas e até com uma acessibilidade cada vez maior em termos de preços.

Ou seja, questões financeiras não ficam de fora da transformação digital. Os líderes de TI precisaram buscar meios de incorporar ferramentas de IA em diversas categorias, seja para redução de custos, análise de orçamentos, elaboração de relatórios financeiros, previsões de mercado ou gerenciamento de riscos para detecção de fraudes.

2. Implementar infraestrutura híbrida

Este item costuma ser um dos maiores abreviadores de carreiras dos CIOs. O gerenciamento da infraestrutura requer uma série de políticas e é uma área muito sensível. O cobertor é curto. Um provisionamento subestimado pode fazer um site ficar inutilizável, principalmente em picos de uso e, em contrapartida o contrário pode gerar gastos totalmente desnecessários.

Flexibilidade é necessário, mas a segurança de ter o Data Center em casa ainda fala alto. Além disso, a modernização de TI para um conceito híbrido ocorre em um momento em que está na mesa dos CEOs das grandes empresas questões de sustentabilidade, que são relevantes para o sucesso das companhias.

3. Gerenciamento do orçamento de TI

Nem sempre a decisão importante é rápida. É uma questão de mudança de mentalidade. Por vezes, desativar estruturas legadas é uma questão postergada por gestões e mais gestões. No entanto, reduzir a dívida técnica desativando aplicativos legados está entre os aspectos mais importantes e difíceis da transformação digital. Acalmar temores de demissões é um desafio. Mas é fundamental convencer a equipe que novas soluções são uma oportunidade, que ajudarão a reduzir o tempo gasto com atividades para aumentar sua eficiência, permitindo que voltem para casa mais cedo, tornando todo o processo transparente.

4. Comunicar as mudanças de forma eficaz

Engajamento e conversas honestas, mas empáticas, são fundamentais. Mais do que em qualquer outro setor, o líder de TI tem a responsabilidade de, além de cobrar, permitir que os softskills sejam mais bem aproveitados por todos. Serão por meio destes fatores que um CIO conseguirá realizar a hercúlea missão de explicar aos stakeholder a importância das mudanças que precisam ser feitas e o novo papel de como a TI atuará na organização. A transformação digital só é eficaz se for baseada em uma abordagem intencional, fazendo com que decisões difíceis pareçam fáceis por meio de um toque humano.

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