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Dropshipping: antes de tudo, reputação

Ribas brivia
Foto: divulgação

Por Roberto Ribas, CSO da Brivia.

A expansão do e-commerce ganhou tração por uma série de fatores. Entre eles, uma modalidade que facilitou a abertura de pequenos negócios sem a necessidade de um investimento alto em logística e estoque: o dropshipping.

Resumidamente, é um sistema no qual a empresa que vende o produto é uma intermediária entre o cliente e o fornecedor. A loja recebe o pedido, cuida do atendimento e pagamentos, enquanto o fornecedor prepara e envia os itens.

Essa solução pode ser utilizada com gigantes do varejo como Amazon, Shopee e Mercado Livre, que, todavia, oferecem menos opções de customização de uma loja própria, além de nem sempre garantirem a melhor visibilidade para os produtos à venda.

Mas há, também, a possibilidade de usar outras empresas, como Aliexpress e Alibaba, e também brasileiras, para gerar o próprio portal e vender os produtos do catálogo daquele fornecedor.

À primeira vista, o dropshipping traz uma série de vantagens. No entanto, deve ser visto com cautela pelos empreendedores, especialmente neste momento em que o mercado digital está se tornando uma verdadeira 25 de Março.

Tal como na famosa via paulistana do comércio, há uma quantidade imensa de lojas disputando os consumidores, cada uma com sua estratégia, exposição e tentativas de cativar o cliente.

Com tanta oferta e disputa, fica mais difícil escolher criteriosamente onde comprar, e aí que moram os perigos, tanto para o cliente como para o vendedor. No caso da loja, associar-se a um parceiro de pouca credibilidade, sem verificar seu histórico ou qualidade, é um prato cheio para colocar o negócio em risco.

Você lembra das revistas Hermes, Avon e Natura? Guardadas as proporções, são um modelo semelhante ao dropshipping.

Um vendedor não tinha os produtos em seu estoque e vendia de porta em porta, construindo sua reputação a partir das suas qualidades como promotor da marca, bem como da própria autoridade da empresa que representava.

Aqui, não é diferente. Ao criar sua loja nesse formato, você terá de se diferenciar em meio a essa “25 de Março”, fazendo a divulgação do e-commerce, tentando cativar os consumidores e levá-los a confiar em sua marca.

Porém, de nada adiantará caso o fornecedor escolhido para enviar os produtos não possua credibilidade.

E se eles forem de má qualidade? E se houver atrasos na entrega, ou mesmo o produto sequer for enviado? Sua reputação correrá sérios riscos, inclusive de ser arruinada. O que parecia um negócio vantajoso pode virar um pesadelo e você terá de lidar com problemas que sequer imaginava.

Portanto, antes de ingressar neste modelo, faça uma pesquisa ampla sobre os potenciais parceiros.

Qual a confiabilidade desses fornecedores? Eles cumprem o que prometem? Têm histórico de prejudicar clientes? Pode ser mais vantajoso ter menos opções de customização, aliando-se a marketplaces maiores, do que ter maior liberdade com um distribuidor que não seja fidedigno.

Antes de tudo, o que importa é a sua própria reputação. Esse é o pilar sobre o qual seu empreendimento deve se constituir, sendo fortalecido continuamente. No caso do dropshipping, a escolha do parceiro será determinante no sucesso ou fracasso da sua marca.

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