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Black Friday: como os varejistas podem se prevenir das fraudes mais comuns

Nathan Marion
Foto: divulgação

Por Nathan Marion, gerente geral da Yuno.

Conhecida por grandes descontos e promoções, a Black Friday é um período bastante visado pelo consumidor brasileiro.

Para se ter uma ideia, um levantamento da Méliuz aponta que mais de 95% dos entrevistados pretendem comprar algo na data deste ano, sendo que 32% desejam gastar mais de R$ 1 mil.

Além disso, por conta da comodidade e, em geral, contar com os melhores preços, o e-commerce é a plataforma favorita na hora de escolher os produtos, sendo apontada por 98% das pessoas como o seu principal canal.

No entanto, justamente por ser um período de alta demanda e imediatismo, é preciso muito cuidado. Isso porque os golpistas sabem que há uma grande movimentação de pessoas e dinheiro e se aproveitam disso.

De acordo com o estudo “State of Fraud 2023”, produzido pela Signifyd, há uma projeção de mais de 200 bilhões de dólares de prejuízo para players de e-commerce ao redor do mundo durante a Black Friday.

Dessa maneira, o que era para ser um período bastante positivo em vendas, pode se transformar em uma grande dor de cabeça, ocasionando em muitos prejuízos para os comerciantes.

Por ser a época do ano em que mais vendem, os players desse segmento precisam ter cuidado na hora de lidar com as fraudes, evitando o bloqueio por acidente de consumidores idôneos e punindo aqueles que de fato estão com más intenções.

Dessa maneira, seguem abaixo os golpes mais comuns aplicados nos comerciantes nesse período e saiba como se prevenir:

Fraude pura

Aqui, os criminosos estudam bastante o sistema de detecção de fraudes do varejista e, uma vez que descobrem como burlá-lo, passam a fazer compras utilizando dados que clientes idôneos, adquiridos através de “phishing” ou aquisição de bases de dados furtadas com cartões de crédito roubados e dados.

É um tipo de crime em que o lojista leva prejuízo em dobro, pois além de perder os produtos comprados pelos malfeitores, ainda precisa ressarcir as vítimas que tiveram seus dados usados nas operações através do chargeback, isso sem contar o custo de imagem da marca.

Teste de cartões (cards testing)

Após roubarem um cartão de crédito, os criminosos fazem transações de pequeno valor para testar se o sistema antifraude do e-commerce as detecta.

No caso de passarem despercebidas, os golpistas começam então a fazer compras cada vez mais caras, além de liberarem serviços e produtos com o intuito de tirar mais proveito das vítimas. Após a fraude ser detectada, os malfeitores desaparecem.

Com isso, novamente cabe ao varejista ressarcir as vítimas e ainda encarar a perda dos produtos que foram comprados.

Por isso é muito importante que todo o ecossistema digital trabalhe junto para evitar que os fraudadores achem brechas para testar cartões, mesmo em serviços simples onde não há grande perda caso o chargeback aconteça.

Autofraude (friendly fraud)

Nesta modalidade, o golpista usa dados falsos e faz uma compra normal ou, eventualmente, o comprador é idôneo mas se confunde ou alguém de sua família comprou usando o cartão dele. Depois que o produto chega, ele abre uma reclamação e alega que a entrega, na verdade, não foi feita, ou simplesmente não reconhece.

Por conta da alta demanda, fica difícil a checagem, já que entram em cena companhias terceirizadas responsáveis pelo armazenamento e transporte, que muitas vezes não guardam as informações de logística de forma organizada.

Assim, mesmo com a mercadoria em mãos, o comprador ou o criminoso ainda ganha um reembolso por ela, já que supostamente ele não a recebeu. Com isso, o varejista novamente leva prejuízo em dobro, pois perde o item e o dinheiro que receberia por ele.

Para evitar esses problemas, a recomendação é que os comerciantes usem mais de um método avançado de antifraude em suas plataformas e constantemente mensurem em otimizar o processo.

Isso porque os criminosos estão cada vez mais habilidosos em tecnologia e conseguem quebrar os sistemas com facilidade, de modo que uma única solução pode não ser o suficiente.

Ao contar com vários sistemas, a empresa dificulta o trabalho do fraudador, diminuindo para quase zero as chances de ele ser bem sucedido em um golpe, pois ele terá que lidar com muitas informações e padrões diferentes ao mesmo tempo.

É importante constantemente rever o processo de prevenção e atuar para melhor e não se tornar previsível.

Com isso, podemos concluir que, por mais que haja bastante golpe no mercado, ainda existem muitas formas de se prevenir.

Afinal de contas, mesmo com a maioria deles sendo por meio da tecnologia, também é por meio dela que podemos evitar ser a próxima vítima.

Com o investimento maciço em soluções antifraude, a empresa preserva seus clientes, garantindo maior credibilidade junto a seu público final. Assim, todos podem curtir a Black Friday e aproveitar o que o período tem de melhor.

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