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Aprendizagem adaptativa e dados: impulsionando o potencial da Geração Alpha na Educação

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

*Por Carlos Pirovani, CEO da Estuda.com

Com os avanços tecnológicos nas últimas décadas, houve uma mudança significativa no comportamento da sociedade como um todo, afetando todas as gerações que estão cada vez mais conectadas à internet. No cenário educacional, a situação não é diferente: a Geração Alpha, que tem nascidos a partir de 2010, mais conhecida como nativa digital, enfrenta os seus desafios e oportunidades, assim como os professores e gestores nas escolas que buscam se adaptar à nova realidade em que o mundo real e virtual se integram.

Pelo fato de crescerem praticamente imersos em um ambiente onde a tecnologia é presente o tempo todo desde o nascimento, essas crianças e adolescentes se sentem mais estimuladas quando o mundo real dialoga com o virtual. Para que alcancem o pleno potencial, é preciso entender que cada um possui suas especificidades e, portanto, os educadores podem fazer uso de diferentes metodologias de aprendizagem, além do uso inteligente de dados.

Hoje, com diversas soluções digitais disponíveis, escolas e educadores podem trazer as tecnologias como aliadas em salas de aula, tornando a jornada de aprendizado dos alunos única e, ao mesmo tempo, leve e divertida. O processo revolucionário começa não só com a utilização de dados estatísticos na educação, mas na maneira como esses dados são utilizados. Estamos vivendo, sem dúvidas, em uma nova era da revolução da educação, em que, ao usar os dados gerados pelas avaliações diagnósticas, formativas e somativas, os educadores podem tomar decisões mais assertivas no processo de ensino-aprendizagem.

Um professor de matemática, por exemplo, que tenha quatro aulas por semana, e um conteúdo programático sobre Seno, Cosseno e Matrizes, pode utilizar as plataformas de questões para baixar perguntas, escolher os níveis de dificuldade e aplicar durante as aulas e provas. Os dados que são enviados para a plataforma, são compilados e mostram as dificuldades e pontos fortes de cada turma.  A turma B tem baixo desempenho em Cosseno, já a turma C consegue se sair bem em Seno, e assim por diante.

Por meio da análise de dados e da aprendizagem adaptativa, conseguimos personalizar o ensino para atender às necessidades individuais de cada aluno, adaptando o conteúdo, o ritmo e as estratégias de aprendizagem. A análise de dados permite que os educadores identifiquem áreas de melhoria e acompanhem o progresso de cada aluno. Essas informações precisas oferecem uma visão detalhada do desempenho de cada aluno, permitindo adotar estratégias que maximizam o potencial dos estudantes.

Além disso, por ser uma geração que se conecta quando os conteúdos trazem experiências pessoais com aprendizado significativo, os alunos necessitam do contexto aplicado no dia a dia e do que gostam. Se um aluno é apaixonado por astronomia, vai receber exercícios de matemática e cálculos baseados em estrelas e planetas. Se um outro gosta de aprender sobre os dinossauros, terá conteúdos de ciências e história relacionados. 

Para acontecer a verdadeira revolução na educação, é necessário um movimento em direção a uma abordagem mais flexível e inovadora no ensino. A integração da tecnologia de forma construtiva, a criação de ambientes de aprendizagem mais interativos e a promoção de métodos de ensino diferenciados podem ser passos fundamentais. Além disso, uma análise detalhada dos resultados das avaliações deve ser inserida em um ciclo contínuo de melhoria educacional, com foco na personalização do ensino para atender às necessidades individuais de cada aluno.

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