Siga nas redes sociais

Search

3 tendências que prometem movimentar o comex em 2024 

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Por Renato Figueiredo , Chief Sales Officer na eCOMEX NSI.

Com a chegada de um novo ano, começam as especulações sobre as oportunidades no Comércio Exterior. Prever os cenários requer, primeiramente, a análise dos possíveis desafios e vestígios dos últimos anos, além de estar atento às novidades que envolvem esse universo.  

Em 2023, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a complexidade de conflitos militares no Oriente Médio, os marcos da Balança Comercial brasileira com redução de 12,2% nas importações, e a substituição do Siscomex Mantra pelo CCT (Controle de Carga e Trânsito) são apontados como as principais influências do ano. No ano de 2024, rever esses impactos e prezar pela segurança durante fases de transformação para se adequar ao mercado devem ser as prioridades na lista.  

Novidades de 2024  

A lista para as tendências é grande e definitivamente os assuntos mais comentados e esperados circulam em volta de fenômenos, como a Inteligência Artificial, e de projetos, como o Novo Processo de Importação e a Reforma Tributária, que ganham destaque dentro do setor de Comércio Exterior.  

  • Novo Processo de Importação (NPI): em andamento desde 2018, o NPI objetiva desburocratizar a importação, exigindo que os importadores forneçam seus dados apenas uma vez. A unificação desses documentos integra elementos como o Catálogo de Produtos e a Declaração Única de Importação (DUIMP) e deve acontecer sutilmente, para cumprir com seus objetivos de padronizar dados e reduzir custos e riscos no Comércio Exterior.  
  • Inteligência Artificial (IA): automatizar processos, aumentar a eficiência operacional e prever análise de dados são as principais promessas que geram perspectivas otimistas no setor Comex. O ganho de vantagens transforma a visão do mercado e a IA com certeza se torna um potencial de força no sentido de tecnologia como uma forma de gestão e organização dentro do Comércio Exterior.  
  • Reforma Tributária: muito comentada desde que entrou em discussão, a expectativa para a Reforma Tributária no ano de 2024 é de que mais acordos sobre a regulamentação da Reforma comecem a serem discutidos. A Reforma, que visa simplificar a cobrança de impostos sobre o consumo, deve continuar no foco e trazer novidades que serão importantes para o cenário do Comércio Exterior.  

Um ano com lançamentos que prometem resultados  

Além dos projetos citados anteriormente, o Comércio Exterior deve se atentar a novidades como a Mobilidade Verde, o Portal Único e os princípios do ESG (Environmental, Social and Governance), que possuem metas de influência para o Comex.    

A Mobilidade Verde, programa que vai reduzir o imposto de empresas que poluírem menos, além de aumentar as exigências e sustentabilidade, entra de mãos dadas com os compromissos da ESG, no quesito de padrões ambientais e sociais. Para os comércios que estão atentos, adotar as práticas sustentáveis permite acesso a novos mercado e parcerias, bem como beneficia a empresa com uma boa reputação no mercado global. A consciência limpa vai ser o diferencial! 

Pensando na área das importações, a novidade maior é que, até o final de 2024, o Portal Único de Comércio Exterior estará habilitado para importações realizadas no Brasil, segundo o cronograma da Comissão Gestora do Siscomex. Atualmente, a capacidade do Portal é de 60% e a operacionalidade deve estar em 100% até o encerramento do ano. Há possibilidade, ainda, de ser adotado o regime drawback, que desonera tributos de insumos importados ou adquiridos no mercado interno para produção de bens destinados à exportação.  

Conforme compartilhou Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), é esperado que o Comércio Exterior do Brasil supere U$1 trilhão em 2024. É visível que o ano já está recheado de boas previsões e, para que todas se concretizem, contar com que o cenário econômico e social seja menos turbulento, a alta burocracia e impostos, bem como novos acordos comerciais tenham um comércio significativo com o Brasil, são possíveis desafios a se enfrentar. O otimismo para 2024 deve continuar andando de lado com o foco e as metas a serem cumpridas.  

Compartilhe

Leia também

Receba notícias no seu e-mail