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Como a falta de visibilidade sobre todos os gastos impedem o crescimento das empresas

Foto: divulgação.

Refletir sobre o desconhecido é desconfortável, mas também necessário. No universo corporativo, essa reflexão ganha ainda mais urgência quando falamos sobre o que não vemos: os gastos ocultos e mal gerenciados. Eles são como um iceberg, a maior parte permanece submersa, fora da visão dos CFOs e gestores. E, enquanto essa invisibilidade perdurar, o crescimento das empresas será travado por desafios silenciosos, mas devastadores.

Panorama da Gestão de Despesas Corporativas no Brasil, estudo conduzido pela Conta Simples em parceria com a Visa, lança luz sobre essa questão. Nove em cada dez empresas admitem negligenciar a gestão de determinadas despesas. Ainda assim, quase todas reconhecem que uma gestão eficiente tem impacto significativo na saúde financeira. O paradoxo é claro: há consciência sobre a importância do tema, porém a prática é outra.

A falta de visibilidade, além de ser uma questão técnica, é também um problema estratégico. Sem dados consolidados, o financeiro assume o controle de uma fatia do negócio, deixando o todo à deriva. O resultado? Decisões baseadas em intuições ou informações incompletas. O impacto disso vai além de erros ou desperdícios. São oportunidades perdidas de reduzir custos, melhorar processos ou investir no que realmente gera valor.

Os números do estudo revelam um ponto ainda mais crítico: 100% das empresas entrevistadas não souberam definir corretamente o conceito de “gestão de despesas”. Muitos reduzem o termo a “controle” ou “organização”, ignorando aspectos estratégicos como auditorias regulares ou políticas internas claras. Isso reflete a visão limitada de que gerenciar despesas é apenas uma tarefa burocrática.

A gestão de despesas não é um fardo operacional — é uma alavanca de crescimento sustentável. Quando feita de forma eficiente, libera recursos preciosos para inovação, expansão e competitividade. Mas o caminho para essa eficiência exige mais do que boas intenções. Ele passa pela adoção de ferramentas tecnológicas que transformam dados financeiros em insights acionáveis.

Imagine tentar resolver um quebra-cabeça com peças faltando. É assim que muitos gestores enfrentam o dia a dia ao lançarem mão do uso de planilhas, sistemas engessados e processos desatualizados. Nesse cenário, erros se acumulam, gargalos aparecem e o controle de despesas se transforma em um jogo de paciência — ou, pior, de azar. O desconhecimento também cobra seu preço em falta de planejamento de longo prazo: 70% das empresas planejam suas finanças apenas mensalmente, enquanto só 4% têm um horizonte anual.

A resposta para esses desafios está na inovação. Ferramentas especializadas podem integrar, automatizar e centralizar a gestão financeira, oferecendo visibilidade em tempo real e relatórios claros. Mais do que uma questão de eficiência, trata-se de preparar o setor financeiro para o protagonismo que o mercado exige. Hoje, o CFO não é apenas um guardião do caixa, mas um estrategista. E, para ser estratégico, é preciso enxergar o todo.

A boa notícia é que essa transformação não depende de estruturas gigantescas ou processos complexos. Com a tecnologia certa, todas empresas, de todos os tamanhos, podem alcançar uma gestão financeira transparente e eficiente. É um avanço que beneficia todos: do gestor ao negócio, do presente ao futuro. 

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CFO da Conta Simples.

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