Por Heloísa Capelas, CEO do Centro Hoffman e especialista em autoconhecimento.
A inovação é um dos princípios que defendo e que está ligado diretamente a pensarmos fora da caixa. Como especialista em autoconhecimento e inteligência emocional, defendo o exercício de ampliarmos a visão a partir de novos conhecimentos como fundamental. Por isso mesmo, ao longo de minha trajetória, tenho buscado expandir conexões com diferentes grupos e temas que considero relevantes. Isso inclui, agora, o olhar mais aprofundado sobre o papel dos Conselheiros Empresariais.
Eu iniciei um curso voltado à área na Board Academy Br e minha primeira aula foi sobre os Fundamentos da Governança Corporativa, ministrada por Udo Kurt Gierlich.
Será que podemos fazer correlações entre os fundamentos e nosso desenvolvimento humano? Afinal, o que é Governança? Há definições tradicionais, mas quero convidar você a refletir comigo a partir de conceitos com os quais as correlações humanas sejam também pensadas (ou repensadas).
Entendo a Governança Corporativa como a dirigibilidade da empresa em que sua ação efetiva deve estar calcada em fortes princípios para que, de maneira ética e sustentável – a partir de estruturas e processos –, busquemos o equilíbrio entre todos os interesses envolvidos, isso inclui as pessoas que compõem a organização.
E há princípios que se destacam nessa área:
- Integridade – Praticar e promover o contínuo aprimoramento da cultura ética da empresa, evitando decisões que possam gerar conflitos de interesses;
- Transparência – Disponibilizar informações verdadeiras, coerentes, claras e relevantes a todos. Este princípio propicia um ambiente de confiança, facilitando o crescimento integral da instituição;
- Equidade – Promover o senso de justiça, assim como o respeito, a diversidade, a inclusão, o pluralismo e a igualdade de direitos e oportunidades;
- Responsabilização – Assumir a responsabilidade pelas consequências de seus atos e omissões impacta a organização e o meio ambiente como um todo;
- Sustentabilidade – Zelar pela viabilidade econômico-financeira da organização, compreendendo que a empresa atua em uma relação de interdependência com os ecossistemas social, econômico e ambiental, fortalecendo seu protagonismo e suas responsabilidades perante à sociedade.
O assunto Governança e seus princípios falam diretamente comigo e com meu aprendizado, e falam com todos nós! Pois somos seres relacionais e as organizações nos representam, com sua interdependência entre as realidades econômica, social e ambiental em que estão inseridas (além de se conectarem com outras organizações).
Nosso primeiro aprendizado relacional está calcado na família e é a partir dali que expandimos nosso conhecimento às demais áreas da vida. Ao final, tudo está conectado e ampliar o ponto de vista nesse sentido é perceber que os princípios que nos norteiam devem cercear todos os ambientes.
A Governança propõe o equilíbrio entre os interesses de todas as partes envolvidas. Como sociedade, este é um aprendizado para todos nós. Por mais que aprendamos conceitos, nada será efetivamente colocado em ação se não estivermos agindo integrados com os princípios.
A partir do meu olhar de autoconhecimento e acreditando que tudo vem de dentro, somos e construímos uma sociedade boa para “todos” quando seguimos, isto é, quando colocamos em prática nossos princípios. E sempre é tempo de refletirmos mais sobre eles e em como estamos inserindo-os em nosso dia a dia.