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O futuro é por assinatura: a escalada dos modelos as-a-service em setores tradicionais

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Foto: divulgação.

Inegavelmente, plataformas de streaming, ferramentas de automação de marketing, gestão de tarefas, automóveis e uma infinidade de outros serviços têm transformado a maneira como você e sua empresa consomem esses recursos e tecnologias. 

É possível que, em meio a essa revolução tecnológica, mal tenhamos percebido o quão positivo esse impacto tem sido nas nossas vidas.

Pensa comigo. Há relativamente pouco tempo comprar um software era sinônimo de comprar um CD, realizar um moroso processo de instalação e etc. Não é incrível que sequer lembramos do quão ruim era essa experiência? Pois bem, agradeça a Salesforce por isso.

No início dos anos 2000, a gigante do CRM introduziu o conceito de Software-as-a-Service (SaaS) e trouxe uma nova abordagem ao mercado de tecnologia. 

Acostumadas aos custos e preocupações atrelados à aquisição e manutenção de sistemas, com a Salesforce as empresas ganharam liberdade e agilidade na utilização de softwares.  

Afinal, por que contratar licenças que se desatualizam rápido se você pode ter acesso contínuo com atualizações regulares através de uma assinatura simples? 

O SaaS motivou uma mudança de paradigma impulsionada pela busca por mais flexibilidade, conveniência e segurança. 

Desde então, testemunhamos o surgimento de uma ampla gama de softwares como serviço. Esse mercado alcançou o valor de US$ 195 bilhões em 2023. Cerca de 500% de valorização em relação aos últimos 7 anos. 

Estamos na era do Everything-as-a-Service 

Atualmente, a tendência do “as-a-Service” vai muito além dos softwares. Ela prioriza uma economia baseada em serviços e estimula as empresas a reinventarem seus produtos para atender demandas em constante movimento. 

A escolha está nas mãos dos consumidores, e a flexibilidade dos modelos por assinatura cria um ambiente favorável para oferecer produtos sob demanda.

O conceito de Everything-as-a-Service (XaaS) não é novo, mas ganhou destaque nos últimos anos. Com as vantagens e oportunidades trazidas por ele, cada vez mais empresas devem migrar ou criar soluções dentro desse modelo de negócio. 

Google, Amazon, Microsoft e outras big techs já oferecem todos os seus produtos de infraestrutura, software e plataforma como um serviço. 

Arte do artigo “O que é IaaS, PaaS e SaaS?”

Em paralelo, marcas tradicionais como a Rolls-Royce também entraram no jogo. A famosa fabricante de carros de luxo, hoje oferece serviços de manutenção preventiva para motores de avião com base no “as-a-Service”, por exemplo. 

Ela conta com soluções de IoT (Internet das coisas) para coletar dados sobre o desempenho dos motores e, assim, realiza a manutenção preventiva nos momentos certos, evitando ao máximo as interrupções de viagens.

Seja nos negócios totalmente baseados em tecnologia ou não, o fato é que estamos presenciando a era das assinaturas. Não à toa, o mercado de Everything-as-a-Service deve crescer 25% nos próximos três anos.

Os modelos de assinatura nos setores menos automatizáveis

As soluções “as-a-Service” têm chegado cada vez mais forte em segmentos tradicionalmente considerados menos escaláveis, de assinatura de carros à entrega de refeições. 

Um bom exemplo é o Creative-as-a-Service (CaaS). O modelo de assinatura está transformando a indústria criativa, que historicamente sempre dependeu de agências e freelancers para atender suas necessidades em design e comunicação. 

O Creative-as-a-Service, ou design por assinatura, atua como uma extensão dos times internos das empresas.

Se a criatividade exige um tato mais humano, o CaaS usa tecnologia para conectar sua equipe a profissionais externos, gerando muito mais velocidade na produção de materiais criativos. 

Através da assinatura, seu time tem a liberdade de solicitar qualquer peça de design que precisar a qualquer momento e ganha mais tempo para se concentrar na estratégia e na criação de conceitos inovadores para suas campanhas de comunicação.

O Creative-as-a-Service é mais um marco importante na evolução dos modelos “as-a-Service” e prova que a produção de materiais criativos, assim como outras assinaturas pouco óbvias, pode sim escalar através de tecnologia.  

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CEO e cofundador da Faster

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