Por Carol Vasconcelos, diretora comercial da FHE Ventures.
Tenho uma startup, validei o meu produto e o resultado foi negativo, o que fazer?
A validação de um produto de inovação é uma etapa crucial no desenvolvimento de novas ideias e conceitos. Alguns indicadores de que um produto não tem potencial são:
- Saber se o MVP (Minimum Viable Product ou Produto mínimo viável, em tradução livre) do produto é mal sucedido envolve avaliar diferentes aspectos, como o Feedback negativo dos clientes ou usuários, baixo engajamento, se é uma dor ou necessidade do mercado;
- Especialistas ou investidores notaram problemas substanciais, como de tecnologia ou gastos que inviabilizaram o projeto. Existem consequências depois de um MVP falho, como o desperdício de capital, perda de tempo e desmotivação da equipe, e o desinteresse de potenciais investidores para sua startup, além é claro da reputação da marca que pode ir por água abaixo.
Isso gera problemas que podem comprometer seriamente o produto. Os investidores podem julgar o baixo desempenho, a falta de tração e execução, como um desalinhamento do propósito inicial da startup e assim gerar desconfiança ou até mesmo quebra de contratos.
Já para o mercado, a má reputação do produto é uma experiência negativa para o cliente, o que queima a marca, o que exige um plano de recuperação emergencial.
Construir e manter a confiança dos clientes é um ativo valioso para qualquer startup. E demanda foco constante na entrega de valor, execução eficaz e comunicação transparente. Mas como evitar um MVP mal sucedido?
Validar um produto de inovação com sucesso é uma parte crítica do processo de desenvolvimento, a primeira fase de um MVP seja a Pesquisa de Mercado e Tendências, para compreender as necessidades, desejos e problemas do seu público-alvo. Isso pode envolver entrevistas e análise de dados para identificar lacunas no mercado.
Crie um protótipo rápido de baixo custo, para que o mercado entenda o objetivo e se o mesmo resolverá de fato a dor. Faça testes A/B para comparar diferentes versões do produto e identificar quais características ou abordagens são mais eficazes em atrair e reter usuários.
Busque mentorias e opiniões de especialistas de mercado e nunca deixe de acompanhar as análises e indicadores ajustando sempre o produto com base nos resultados.
Comece definindo com muita clareza os objetivos da validação e quais são os objetivos que a startup quer alcançar, identifique seu público alvo de forma mais assertiva possível, estabeleça metas que sejam mensuráveis e faça isso em um ambiente de teste controlado, não faça da sua validação um lançamento.
Esteja preparado para adaptar a estratégia com base nos insights e resultados obtidos durante a validação. Flexibilidade é essencial para o sucesso. E sempre deixe o cliente no centro do processo, assim a equipe se envolve ativamente com os clientes, e adapta o produto de acordo.
Depois de todo esse estudo sistêmico é a parte que eu particularmente adoro, a hora da aprendizagem. Aprender com os erros e os desacertos, ouvir os feedbacks dos clientes, investidores e principalmente da sua equipe é fundamental para evitar validações fracassadas.
Essa cultura promove a abertura para testar hipóteses, aprender com os erros e não os repetir. Aceite os erros como oportunidades, interaja constantemente com o mercado e sua equipe, foque no cliente.
Incentive a busca por conhecimento, a tomada de riscos calculados e a melhoria contínua, permitindo que a solução se adapte rapidamente às mudanças e evite validações falhas por meio da aprendizagem e aprimoramento constantes.
Pilares para uma validação com sucesso para um produto:
- Faça uma pesquisa de mercado e tendências;
- Identifique seu ICP (Ideal Customer Profile ou Perfil de Cliente Ideal, em tradução literal) com suas características, dores, hábitos, tendências culturais e demográficas;
- Faça um protótipo de baixo custo e teste em um ambiente controlado;
- Analise todos os indicadores, métricas e feedbacks;
- Seja flexível e sempre mantenha o projeto em desenvolvimento constante;
- E lembre-se, em muitos casos, o fracasso na validação não significa o fim da jornada. Pode ser uma oportunidade para ajustar, aprender com os erros e iterar no produto para atender melhor às necessidades do mercado.