O último ano foi de recordes de aportes nas startups brasileiras, que receberam mais de US$ 9,6 bilhões, um crescimento de 174% em relação ao ano anterior.
Já este ano, por sua vez, trouxe algumas incertezas no contexto macroeconômico que não podem ser ignoradas. Assim, é esperado que o ecossistema de inovação cresça, mas a taxas menores que no ano passado.
Segundo projeções do Distrito, plataforma de inovação aberta para empresas, as startups devem captar entre US$ 10,7 bilhões e US$ 12,9 bilhões ao longo deste ano.
Para o cálculo, foram utilizados os algoritmos em duas metodologias diferentes que medem a evolução de ticket médio por rodada, tempo médio entre os estágios de captação, evolução da taxa de sucesso entre as rodadas, velocidade de crescimento do mercado, entre outros.
Na primeira metodologia foram identificadas 1.333 startups cujo algoritmo aponta a possibilidade de recebimento de um novo aporte. Contudo, nem todas as negociações podem ser bem-sucedidas, e os dados do primeiro trimestre já indicam uma queda no número de rodadas por mês. Por outro lado, o ticket médio por rodada continua crescendo constantemente. A projeção considera, portanto, também as tendências já iniciadas no ano. Nesta metodologia o mercado poderia receber entre US$ 11,6 bilhões e US$ 12,9 bilhões.
Uma segunda metodologia aplicada trouxe resultados semelhantes. O chamado CAGR (Compound Annual Growth Rate), métrica utilizada para medir a evolução da taxa média de crescimento de um mercado ao longo do tempo, estima cerca de 700 rodadas, o que levaria o mercado de venture capital a um investimento entre US$ 10,7 bilhões a US$ 12,3 bilhões.
As projeções apontam ainda que as fintechs devem seguir liderando os aportes recebidos. As edtechs, por outro lado, devem ser o único segmento a ter aumento no número de deals concretizados no ano.
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