Por Lucas Luciani, CEO e contador na Colinear, especialista em contabilidade para empresas e profissionais de tecnologia.
Na contramão de grandes corporações retornando ao trabalho presencial, empresas americanas têm buscado captar brasileiros para trabalho remoto no exterior em ritmo acelerado.
De acordo com os dados da plataforma de pagamento Deel, de junho de 2022 até junho de 2023, o número de brasileiros contratados para trabalho remoto no exterior praticamente dobrou em um ano, atingindo um aumento de 97%. Com isso, o Brasil alcançou o ranking dos 5 países com mais pessoas contratadas.
Os Estados Unidos permanecem como o país líder nesse processo de contratação, com os desenvolvedores de software figurando como os profissionais mais demandados no cenário internacional de trabalho remoto.
Um dos grandes atrativos é que os cidadãos não americanos que trabalham remotamente para empresas americanas, independentemente da profissão, pagam seus impostos em seu país de origem. O que diferencia é a forma de recolhimento dos seus impostos.
Os profissionais de tecnologia que trabalham remotamente para o exterior são autônomos, o que significa, que são responsáveis pelo recolhimento dos seus impostos. Nesse contexto, optar por abrir um CNPJ para prestação de serviços no exterior torna-se uma escolha mais vantajosa.
Com o interesse do mercado internacional pela contratação dos brasileiros podemos notar uma transformação no paradigma de contratação. Nesse cenário, destaca-se não apenas o conhecimento técnico, mas também a importância de uma visão abrangente sobre o contexto de negócios e habilidades de comunicação como diferenciais.