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Creators Economy 2.0: será que o futuro é promissor?

Você já percebeu como a economia criativa está em um processo de transformação? Começando pela ideia de criatividade. Desde um passado em que arte, música e cinema eram os principais exemplos, passando pela era da internet, com influenciadores e redes sociais, até o momento atual, em que a inteligência artificial se torna uma ferramenta poderosa para superar bloqueios criativos.

É a partir desse cenário que a creators economy evolui para uma versão melhorada, abrindo novas possibilidades de monetização e tornando esse mercado cada vez mais lucrativo. Mas o que exatamente define essa nova fase? E por que a chamamos de “nova”?

A resposta está em cinco grandes tendências que estão redefinindo as regras do jogo, ampliando horizontes e intensificando a competitividade desse mercado. A seguir, descubra mais sobre cada uma dessas tendências.

1- Criando e co-criando com inteligência artificial

Uma pesquisa recente do YouTube em parceria com a Radius (Remote Authentication Dial-In User Service), descobriu que 92% dos creators entrevistados estão usando IA Generativa no seu processo criativo. E por quê? Economizar tempo e produzir conteúdos de maior qualidade, segundo a mesma pesquisa.

A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta indispensável para profissionais dos mais distintos setores, inclusive para aqueles que movem a economia criativa. Seja para gerar imagens e vídeos ou para criar roteiros, legendas e textos, a IA está revolucionando a maneira como a criatividade é executada.

Será que a autenticidade do criador de conteúdo, que é tão necessária, está em jogo? As redes sociais serão povoadas pelo “mais do mesmo”? A economia criativa pode caminhar para o seu declínio? Essas são respostas que só o futuro irá dizer.

2- O público também cria – e ganha por isso

De um mero telespectador a um agente ativo na construção da publicidade, o público deixou de ser aquele que só assiste ou lê, agora, ele também faz parte da criação. É o que chamamos de Conteúdo Gerado por Usuários (UGC – User Generated Content).

Na creators economy 2.0, eles não só geram conteúdos, como são pagos por isso. O TikTok, por exemplo, criou o programa UGC Creators, que remunera usuários “comuns” a partir dos resultados alcançados em suas publicações sobre determinados produtos e/ou serviços. Uma estimativa da Grand Review Search aponta que o mercado de UGC está crescendo mundialmente a uma taxa de 26,6% por ano, até 2028, alcançando um valor superior a US$ 18,65 bilhões.

3- A ascensão dos micro e nano influenciadores

A ascensão dos micro e nano influenciadores também é um pilar importante dessa nova economia criativa. Diferente dos macro e mega influenciadores, os micro e nano influenciadores têm audiências menores, mas extremamente engajadas. 

No cenário recente, as marcas estão descobrindo que a qualidade da interação com o público pode ser muito mais importante do que o tamanho da audiência. Isso porque os usuários, especialmente os mais jovens, valorizam cada vez mais recomendações de pessoas reais e próximas de seu círculo social, perfil característico dos nano e micro influenciadores.

4- Creators e fãs – sem intermediários

Outra tendência que impulsiona esse novo momento da creator economy é o uso de plataformas diretas ao consumidor. Ferramentas como Patreon e OnlyFans permitem que criadores de conteúdo cobrem diretamente de suas audiências por acesso a conteúdo exclusivo.

Além de reduzir a dependência de publicidade e de plataformas tradicionais que controlam a distribuição de conteúdo, os creators eliminam intermediários, aumentando sua remuneração. Essas novas plataformas são tão vantajosas que crescem em ritmo acelerado.

O OnlyFans, por exemplo, cresceu mais de 600% em volume de transações durante a pandemia, atingiu o marco de 305 milhões de contas cadastradas, sendo 4,1 milhões de criadores de conteúdo, e obteve um lucro de US$ 658 milhões.

5- NFTs e Web3 – Um novo leque de possibilidades

Antes, se você criasse algo, como uma música ou um quadro, teria que depender de gravadoras ou galerias para vender. Agora, os criadores podem vender direto para quem quiser comprar, sem precisar pagar taxas altas para intermediários.

Como? Através dos tokens criptográficos únicos, NFTs (Non-Fungible Tokens) e da Web3 (Tecnologia de Blockchain), a terceira geração da internet, que se baseia em tecnologias como blockchain para descentralizar o controle da rede, colocando mais poder nas mãos dos criadores. Um exemplo é o artista digital Beeple, que vendeu uma arte por US$ 69 milhões em um NFT. Outro caso é a cantora Grimes, que vende faixas exclusivas e colecionáveis diretamente para os fãs.

É isso! Estamos vivendo um novo momento da economia criativa, onde se abrem novas possibilidades, ampliando o controle dos criadores sobre suas criações e proporcionando outras fontes de remuneração. Esse novo cenário torna a criação de conteúdo mais acessível e democrática. Entender essas mudanças é fundamental para quem quer navegar e se destacar nesse novo universo da economia criativa.

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CEO da Cubo Comunicação.

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