Por Thales Zanussi, fundador e CEO do Mission Brasil.
Todo gestor em algum momento já ouviu que conhecer o que acontece dentro da empresa é crucial para prosperar. De fato, o controle interno é fundamental, mas é igualmente importante considerar o que ocorre fora das paredes da organização. Essa preocupação é denominada gestão de força de campo, um processo voltado para gerenciar colaboradores que desempenham tarefas externas, como técnicos de manutenção, instaladores, vendedores, entre outros. O desafio está em garantir a eficiência, a qualidade e uma atuação estratégica nas atividades que acontecem remotamente.
Porém, se já é trabalhoso mensurar e sistematizar o que se passa dentro de uma instituição, imagine quando se trata de operações externas. A falta de contato direto dificulta a coordenação, comunicação e acompanhamento do trabalho, podendo levar à desorganização, atrasos e queda na qualidade dos serviços. Fatores como horários, imprevistos e até mesmo condições de trânsito podem impactar diretamente no desenvolvimento das tarefas.
Cenário visível e gerenciável
Nesse cenário, a tecnologia surge como uma aliada fundamental. Os atuais softwares de gestão de campo disponibilizados no mercado já permitem que empresas monitorem, controlem e otimizem suas operações externas com a mesma precisão que as fazem internamente. As ferramentas oferecem, por exemplo, uma visão unificada das atividades, permitindo desde o acompanhamento de ordens de serviço até a automação de agendamentos, o monitoramento de contratos ou até a coleta de pagamentos.
Contar com um software desse tipo significa um aumento significativo da produtividade. Ao proporcionar uma visão ampla e em tempo real das atividades, as plataformas lideram o processo de alinhamento das operações, resultando em eficiência e redução de custos. Com a capacidade de monitorar o progresso das tarefas e a localização dos profissionais, os gestores obtêm ainda um olhar assertivo do que está acontecendo.
Para se ter uma ideia do impacto da tecnologia, um estudo recente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) aponta que a aplicação de inovações tecnológicas tende a aumentar a produtividade de MPMEs em até 22%, sem a necessidade de qualquer alteração no quadro de funcionários.
Apesar do número e importância, isso está longe de querer dizer que qualquer software resolve o problema. A escolha de uma plataforma adequada é fundamental. É preciso selecionar uma solução que esteja alinhada aos objetivos e demandas da instituição, assim como aos desafios específicos de cada equipe de campo. Outros aspectos relevantes, como usabilidade, custo e funcionalidade também precisam ser avaliados para garantir que o investimento tenha o retorno esperado.
Além disso, é importante destacar que tecnologias complementares, como georreferenciamento, ou soluções de Business as a Service (BaaS), também são cruciais para impulsionar essa gestão de campo. Tais recursos ajudam a oferecer uma visão ainda mais completa de sua equipe, além de colaborar para maior capacidade de autonomia e gerenciamento de equipes de maneira ágil e eficiente.
A verdade é que o software de gestão de campo se apresenta como uma ferramenta indispensável para companhias que desejam otimizar as operações externas, aumentar a produtividade e garantir um melhor controle sobre as equipes. As empresas que ainda não aderiram ao movimento estão deixando a reputação e o faturamento da empresa em si à mercê do acaso.
