Por Vanderson Aquino, cofundador e CEO do Mêntore Bank.
Vivemos em um país onde mais de 70 milhões de brasileiros estão com o nome negativado no Serasa. Apesar de a maioria da população já estar bancarizada, uma grande parcela ainda não tem acesso a serviços de crédito justos e acessíveis. Quando surge uma emergência ou uma necessidade inesperada, muitas dessas pessoas recorrem a métodos desesperados que só aumentam o ciclo de endividamento. Em meio a esse cenário, acredito que uma nova abordagem é possível.
Como empresário, tenho a convicção de que o sucesso de uma empresa não se resume a números ou lucros, mas na capacidade de transformar vidas. Em nosso escritório, carrego comigo uma prática que simboliza essa visão: tenho anotado o sonho de cada um dos meus colaboradores. Cada meta, desejo ou aspiração está registrado, e trabalhamos juntos, dia após dia, para que esses sonhos se concretizem. Alguns deles podem ser considerados “simples”, como a possibilidade de ter um plano de saúde para a família ou a realização de uma viagem. Outros, mais ousados, envolvem empreendimentos próprios, mudanças de vida ou grandes aquisições.
Independentemente do tamanho do sonho, o que importa é que, ao ser realizado, ele abre espaço para outros, ainda maiores. Incentivamos nossos colaboradores a pensar grande, porque acreditamos que sonhar é o combustível para a transformação pessoal e profissional.
A estrutura organizacional de uma pirâmide de gestão coloca, tradicionalmente, o empresário no topo e os colaboradores na base, sustentando a operação diária da empresa. Mas não vejo essa pirâmide de maneira hierárquica ou autoritária. Ao contrário, acredito que o papel do empresário é de facilitador, de alguém que orienta e dá suporte para que os sonhos de quem está na base possam ser alcançados.
O salário, nesse contexto, é uma parte fundamental. Ele vai além de simples remuneração por serviços prestados. Vejo o salário como um meio de realização, uma ferramenta para que os colaboradores possam concretizar seus objetivos pessoais.
Quando a empresa valoriza seus profissionais não apenas com salários justos, mas com verdadeira preocupação com seu desenvolvimento e bem-estar, cria-se um ciclo virtuoso: funcionários mais realizados são mais engajados, mais criativos e mais comprometidos com o sucesso da empresa.
Em minha empresa, buscamos não apenas oferecer oportunidades para nossos clientes, mas também para cada pessoa que faz parte de nossa equipe. Somos, de fato, uma “máquina de sonhos”. Cada projeto que lançamos, cada serviço que oferecemos, tem como objetivo melhorar a vida das pessoas e permitir que sonhos, até então distantes, se tornem realidade.
Entender a nossa gestão significa entender que o sucesso da empresa é o sucesso das pessoas. Seja do colaborador que está dando os primeiros passos em sua carreira ou do cliente que finalmente consegue um fôlego para sair do vermelho, estamos todos ligados por esse fio condutor. Quando criamos uma empresa que se baseia nas aspirações pessoais, estamos, na verdade, construindo uma empresa humana que valoriza o que há de mais importante: as pessoas e seus objetivos. Acreditamos que sonhar é o primeiro passo para transformar realidades. E, quando uma empresa se dedica a realizar sonhos, ela prospera, inspirando todos ao seu redor.