Espero que todos tenham passado uma excelente noite de Natal! Eu vi esse post hoje pela manhã e me veio uma reflexão na cabeça.
Tive acesso ao modelo remoto, desde muito cedo na minha carreira, pois ao trabalhar com projetos internacionais, mais a frente, gerenciando uma operação internacional, como fiz na Orange para a América Latina, era imprescindível a flexibilidade, já que os horários eram dinâmicos.
Inicialmente, começei a trabalhar no modelo híbrido, mas longo senti falta da energia das pessoas, daquele “bom diaaa” que você olha para a pessoa e diz – bora colocar para f*der ?!, almoços com conversas inteligentes, produtivas e que sempre me ajudavam a reprogramar meu mindset, para uma tarde mais produtiva ainda!
Quando assumi a América Latina, o híbrido já não era uma opção, mas a única opção, considerando que eu estava no Brasil e todos meus clientes – colaboradores e gestores – ficavam espalhados por toda a América Latina. Começava mais cedo e terminava mais tarde, em virtude da diferença dos fusos horários.
Mas ai vem a realidade !! Eu tinha um time pequeno no Brasil e novo, junto a estrutura distribuída do time de RH – Brasil e Global – suportávamos toda América Latina e Brasil, o que demandava minha presença, para alinhar a entrega de valor que eu queria fazer, considerando que eram diferentes países, culturas, hábitos de consumo e estávamos construindo.
Testei em alguns momentos o remoto, sozinho, já que sempre tive uma gestão eficiente das agendas, compromissos, produtividade e resultados, mas eis que além de solitário – quem me conhece sabe que amo estar no meio de gente – não era produtivo para o time, que requeria conversas e alinhamentos contínuos, para direcionar o valor das entregas.
Na América Latina, o time majoritariamente trabalhava, presencial e era senior, uma parte bem pequena praticava o modelo remoto, por deliberalidade de alguns gestores que estavam em outros países, não eram tão participativos na gestão de pessoas. Os colaboradores se distanciavam também 🙁
O ponto é: estávamos construindo cultura e era importantíssimo entender o que de fato era importante para as pessoas, não era sobre serem adultos ou crianças, mas sobre o momento do negócio.
Compartilhei acima minha experiência, quando tive acesso ao modelo híbrido, remoto entre 2010-2011, mas acredito que cultura é um protocolo de valores entre dois conectores – empresa / fundadores, usuário final / cliente e colaboradores.
Nós criamos cultura, a partir de valores, objetivos, interesses compreendidos pela liderança como necessários na entrega de valor ao usuário final / cliente e para que os colaboradores, entreguem este mesmo valor.
A discussão sobre modelo presencial ou remoto, é simples.
O que é importante para o seu cliente final e colaboradores? Você consegue entregar o valor da sua proposta, no modelo remoto ou presencial?
Não existe certo ou errado, melhor ou pior, mas o que é melhor para o cliente final, colaboradores e naturalmente, para o negócio.