Em um movimento estratégico para expandir operações, a RankMyApp, startup investida pela Wayra Brasil, CVC (Corporate Venture Capital) early stage da Vivo, viu sua receita internacional crescer 12% no ano passado e projeta aumentar esta participação para 20% até o final deste ano.
Presente em diversos países incluindo Argentina, Colômbia e México, a startup segue expandindo para outros mercados, com clientes também no Egito, Austrália e Nova Zelândia. Atualmente, a empresa tem investido em vendas diretas e estratégias de geração de leads focadas em segmentos específicos para a expansão em novos mercados, mas já nasceu com a intenção de ser global.
“Desde os primeiros anos de atividade, iniciamos nosso processo de internacionalização. Nosso nome, RankMyApp, foi pensado para ser facilmente reconhecido em diversos idiomas e países. No nosso primeiro ano, fechamos um total de 30 clientes, sendo cinco deles organicamente de diferentes países fora do Brasil. Esse marco nos mostrou que tínhamos um real potencial para expandir além das fronteiras nacionais”, afirma Leandro Scalise, CEO da RankMyApp.
A internacionalização da startup foi acelerada em 2016, quando foi selecionada para o Alchemist Accelerator, um dos programas de aceleração de startups mais prestigiados do mundo, localizado em São Francisco (EUA). Esse movimento foi fundamental para aprimorar a estrutura organizacional e comercial da empresa, permitindo que ela atendesse clientes globais de forma mais eficiente. Com a chegada da pandemia, em 2020, intensificou os investimentos em tecnologia e na estruturação de equipes dedicadas aos mercados internacionais, com foco particular na América Latina.
“Identificamos uma oportunidade estratégica nesta região, que ainda estava sendo pouco explorada por grandes concorrentes internacionais. Nosso foco foi oferecer soluções adaptadas à realidade dos países latinos, o que nos permitiu conquistar uma base sólida de parceiros por aqui”, explica o CEO.
Expandir, no entanto, contou com muitos desafios. A adaptação a diferentes culturas de negócios foi um dos principais aprendizados.
“Tentamos inicialmente replicar alguns processos que funcionavam no Brasil para outros países, mas logo percebemos que cada cultura de negócios tem suas peculiaridades. Aprendemos a respeitar essas diferenças e a adaptar nossos processos de acordo com a forma como cada região do globo trabalha”, conta.
A startup também aprendeu a importância de testar novas abordagens para a aquisição de novos clientes neste contexto.
“A testagem constante foi fundamental para entender quais canais funcionam em cada região. O que dava certo no Brasil nem sempre se aplicava em outros países, então tivemos que ser ágeis e flexíveis”, complementa.
Atualmente a empresa está investindo em eventos internacionais para facilitar a penetração no mercado norte-americano e latino.
“Estamos trabalhando para realizar a co-produção de alguns eventos em locais estratégicos junto com parceiros importantes no mercado mobile. Nosso objetivo é aumentar a credibilidade internacional da Rank, facilitando assim os processos de venda e geração de demanda”, conclui.
