A Tropicool, marca brasileira de açaí e superalimentos, anunciou, neste mês, Rafael Martins Vasconcelos como novo CEO da Franqueadora Brasil.
O executivo assume o cargo com a responsabilidade de liderar a expansão da rede e a estruturação da consultoria de franquias. Com mais de 20 anos de experiência no mercado, Vasconcelos já atuou em empresas como Unilever, Credicard e Lojas Marisa, além de ter passagens por redes de franquias como Number One Idiomas, Alpargatas, Colchões Castor e Grupo Sorridents.
Neste Economia SP Drops, ele detalha os primeiros movimentos à frente da Tropicool, os planos de crescimento no Brasil e no exterior e os principais diferenciais da marca no mercado de alimentação saudável. Confira:
Qual é a sua missão como CEO da franqueadora no Brasil e quais foram os primeiros passos após assumir o cargo?
Rafael: Minha missão é transformar a Tropicool na maior rede de superalimentos do Brasil, entregando um novo modelo de franquia, mais moderno, acessível e com diferenciais operacionais que outras marcas ainda não conseguem oferecer. Nos primeiros passos, redesenhamos o formato do negócio e ajustamos nossas operações para diferentes cenários e perfis de investidores.
Como a sua experiência anterior em grandes empresas e no mercado de franquias contribui para os desafios que você encontra aqui?
Rafael: Foi essencial. Ter atuado em diferentes redes e mercados me deu a visão e a experiência necessárias para desenvolver um produto inovador, e, principalmente, para evitar erros comuns que muitas marcas cometem no início da jornada.
A Tropicool anunciou planos de expansão. O que já pode ser adiantado sobre as novas unidades, especialmente a de São Paulo?
Rafael: Antes mesmo da inauguração oficial da nossa flagship no Passeio Paulista (que acontece dia 21), já tínhamos mais de 20 áreas com investidores interessados. Isso mostra que mesmo com o projeto em fase inicial, o modelo já está despertando grande interesse.
Quais são os diferenciais da marca que tornam esse momento propício para crescer no Brasil e também no exterior?
Rafael: No Brasil, criamos um modelo com o menor CAPEX do mercado, CMV a partir de 25% e uma gestão muito mais simples e eficiente do que o padrão atual das franquias, o que torna a operação extremamente atrativa. Fora do Brasil, o grande diferencial é o produto em si: natural, premiado e com um sabor que conquista qualquer paladar.
A entrada em outros países já está em fase de planejamento? Quais mercados estão no radar e por quê?
Rafael: Sim. Fechamos um contrato de Master Franquia na Europa com um parceiro que abrirá lojas em cinco países: França (onde já temos 3 unidades), Espanha (primeira loja abre em maio), Alemanha, Andorra e Itália. Também estamos chegando ao Japão com um novo distribuidor, temos uma abertura próxima no Egito e estamos negociando com mercados como Chile, Coreia do Sul, Inglaterra e Irlanda.
Que perfil de empreendedor a Tropicool busca atrair como franqueado neste momento de expansão?
Rafael: Buscamos três perfis principais:
- Quem já tem negócios e quer diversificar;
- Investidores em busca de um modelo simples e de fácil operação;
- E pessoas que querem empreender pela primeira vez com suporte estruturado.
A Tropicool atua em um mercado em crescimento, com consumidores cada vez mais atentos à saúde e ao bem-estar. Como a marca se posiciona diante dessas tendências?
Rafael: Esse é um dos nossos pilares. Todos os produtos são 100% naturais, como o nosso açaí, adoçado apenas com melaço de cana, e a nossa manga, sem aditivos. Além disso, usamos um sistema exclusivo de envase asséptico em embalagem Tetra Pak, que preserva os nutrientes e garante praticidade e segurança sem necessidade de congelamento. Nosso posicionamento é claro: oferecer uma alimentação saudável, com sabor real e ingredientes limpos, de forma acessível e fácil de consumir, seja na loja ou em casa.
Quais são os maiores desafios que você enxerga hoje para marcas de alimentação saudável no Brasil?
Rafael: Entregar um produto verdadeiramente saudável, mas que também seja saboroso e prático como um fast food, sem perder qualidade nem aumentar o preço final. Esse equilíbrio é o principal desafio para quem quer democratizar o acesso à alimentação saudável no país.