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Como essa empresa ajuda bancos a aumentarem o lucro de PMEs com modelo BFM

Foto: divulgação

Aumentar o lucro sem depender de crescimento da receita. Para muitas pequenas e médias empresas (PMEs), isso parecia um sonho distante. Mas a realidade mudou com o avanço das tecnologias de gestão financeira.

Segundo uma pesquisa realizada pela Celero, pioneira em Business Financial Management (BFM) na América Latina, 54% das empresas atendidas por instituições financeiras que oferecem as soluções da empresa aumentaram o lucro operacional, sendo que 35% alcançaram esse resultado apenas com a otimização de gastos, sem elevação da receita.

Ela atua ao lado de grandes instituições financeiras, levando inteligência e automação para dentro do ecossistema bancário. Assim, os bancos conseguem oferecer soluções de gestão financeira de ponta aos seus clientes PJ, com impacto direto na sustentabilidade dos negócios e no consumo de produtos financeiros.

O Economia SP Drops conversou com João Tosin, CEO da Celero, que explica como o modelo BFM vem transformando o relacionamento entre bancos e empresas, com resultados concretos e mensuráveis. Confira abaixo:

Como surgiu a ideia de aplicar o modelo BFM para as PMEs e qual é o principal diferencial dele?

João: A ideia surgiu a partir da dor real de milhares de pequenos e médios empresários que gerenciam seus negócios no piloto automático, sem dados concretos para tomar decisões. O modelo BFM foi criado justamente para empoderar esses empreendedores, oferecendo uma gestão financeira estruturada, com dados atualizados em tempo real e análises que ajudam a entender o negócio de forma profunda. É como ter um CFO virtual aliado à tecnologia. A grande virada é que não estamos falando só de organização financeira, mas de inteligência aplicada à tomada de decisão.

O que mais chamou atenção nos resultados da pesquisa feita com os usuários da Celero?

João: Ver que mais da metade das empresas aumentaram o lucro mesmo sem crescer a receita foi muito significativo. Isso mostra o poder de uma gestão baseada em dados. O dado mais simbólico é que 35% dessas PMEs aumentaram seu resultado operacional apenas com uma gestão mais inteligente de gastos e uma organização melhor do seu fluxo de caixa. Elas passaram a entender melhor onde estavam perdendo dinheiro, renegociaram contratos, automatizaram processos e se tornaram mais eficientes. Isso prova que, com a informação certa, é possível crescer de forma saudável. Além disso, 51% viram crescimento no fluxo de caixa e 85% dos gastos realizados já estavam previstos no sistema. Isso mostra que o uso de dados e automação financeira pode transformar qualquer empresa — independentemente do tamanho.

Por que tantas PMEs ainda têm dificuldade em lidar com a própria gestão financeira?

João: A maioria dos empreendedores não foi preparada para cuidar da parte financeira. Eles são apaixonados pelo produto, pelo serviço que oferecem, mas muitos ainda tomam decisões no escuro, com base em sensações e não em dados. Além disso, há uma sobrecarga operacional: eles são o financeiro, o marketing, o comercial, tudo ao mesmo tempo. A tecnologia BFM vem para aliviar esse fardo e entregar uma visão clara e acionável da saúde financeira do negócio – nós vimos uma redução de 80% no tempo de fechamento financeiro em nossa pesquisa. Tudo isso se traduz em mais tempo para o empreendedor focar no que realmente importa: crescer com estratégia.

Qual é o papel da tecnologia nesse processo de transformação da gestão financeira das PMEs?

João: Fundamental. A tecnologia não só organiza, mas interpreta os dados. Com nosso modelo BFM, por exemplo, é possível ter dashboards em tempo real com indicadores-chave, projeções de fluxo de caixa, alertas sobre desvios e sugestões práticas. Isso permite que o empreendedor tome decisões estratégicas diariamente — e não apenas ao final do mês, quando pode ser tarde demais. Automatizar rotinas, centralizar informações e ter inteligência aplicada é o que permite transformar dados em lucro.

O impacto do BFM se limita a certos setores ou regiões?

João: De forma alguma. Vimos crescimento no lucro operacional em empresas de 9 dos 12 estados analisados e em 22 dos 32 segmentos avaliados, incluindo alimentação, logística, beleza, indústria de alimentos e varejo. A abrangência do impacto mostra que o modelo BFM é eficaz em diferentes contextos e modelos de negócio. É uma solução escalável, especialmente para os bancos que querem apoiar suas carteiras PJ com mais inteligência.

Como os bancos parceiros se beneficiam ao integrar o BFM da Celero?

João: Ao integrar nosso BFM, os bancos passam a oferecer valor real aos seus clientes PJ. Com mais controle financeiro, o empresário tem maior previsibilidade e melhora sua saúde financeira, o que reduz a inadimplência, aumenta a capacidade de crédito e eleva o consumo de outros produtos bancários. É uma relação ganha-ganha: o cliente cresce de forma sustentável e o banco fortalece o relacionamento e sua própria rentabilidade.

Quais os próximos passos da Celero para ampliar o impacto do BFM no Brasil?

João: Nosso foco está em expandir ainda mais as parcerias com instituições financeiras. Queremos que todo banco que atenda PJ ofereça gestão financeira automatizada como parte do seu portfólio. Também estamos evoluindo nossa IA para entregar análises cada vez mais personalizadas. O BFM não é uma tendência — é o novo padrão da gestão financeira inteligente, e nossa missão é levá-lo a todas as PMEs do país, por meio dos bancos que já estão próximos desses clientes.

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