Os empreendedores Lucas Montanini e Luan Rodrigues voltaram ao mercado liderando a Fenynx, startup que tem como objetivo oferecer crédito com garantia em ativos digitais, permitindo que pessoas e empresas utilizem Bitcoin, stablecoins e ativos tokenizados como colateral.
O modelo combina infraestrutura regulada, blockchain, custódia segura e processos automatizados de liquidação, com foco em eficiência e segurança operacional.
A Fenynx avança em uma oferta subsequente de tokens representativos da empresa na B3, realizada em parceria com a Zuvia Digital Assets Plataforma de Investimentos, uma tokenizadora autorizada pela CVM a realizar a distribuição de valores mobiliários emitidos por sociedades empresárias de pequeno porte.
Esse passo faz da startup uma das primeiras brasileiras a unir crédito colateralizado em ativos digitais com uma arquitetura de mercado de capitais, um marco para o setor e para a democratização de produtos financeiros avançados.
Lucas aposta na convergência entre blockchain, finanças descentralizadas (DeFi) e o sistema financeiro tradicional (TradFi), com foco em Lending & Credit.
O uso de ativos digitais como garantia permite integrar mecanismos de liquidez da nova economia digital a estruturas de crédito mais consolidadas, além de oferecer juros mais acessíveis para os tomadores, mantendo governança, custódia regulada e padrões institucionais.
A proposta, segundo ele, não é substituir modelos existentes, mas criar pontes entre os dois mundos, aproveitando a transparência, a eficiência operacional do DeFi e a segurança jurídica do TradFi.
Histórico empreendedor
Lucas protagonizou um dos cases mais conhecidos do ecossistema fintech brasileiro ao criar, ao lado de Luan, a Live On.
A startup nasceu em um quarto de 2×3 metros, onde os dois desenvolveram as primeiras linhas de código da plataforma que, anos depois, se tornaria uma das principais infraestruturas de Banking as a Service do país.
Também se juntaram ao negócio Dangelo Machado, empresário e investidor renomado no mercado brasileiro e internacional e Roberto Wajnsztok com passagens em Walmart.com, Shoptime e Ri-Happy.
A startup cresceu para mais de 100 colaboradores, 70 fintechs e R$ 2 bilhões em volume transacional até ser adquirida pelo Banco Modal, em uma operação amplamente reconhecida pelo mercado brasileiro.
A Live On se destacou por desenvolver uma infraestrutura própria de Banking as a Service capaz de operar contas, pagamentos, conciliações, criação de produtos financeiros e fluxos transacionais de ponta a ponta, em um momento em que poucas empresas no país possuíam tecnologia desse porte.
Após o exit para o Banco Modal, Lucas assumiu uma posição executiva estratégica, liderando frentes de expansão digital, desenvolvimento de produtos e infraestrutura BaaS.
Nesse período, tornou-se sócio do Banco Modal, e a Live On passou a operar sob a marca Modal as a Service, consolidando-se como uma das principais plataformas de infraestrutura financeira do país.
Com a posterior aquisição do Banco Modal pela XP Inc, grupo listado na Nasdaq, ele atuou contribuindo para alinhar tecnologia, compliance e produto.
O ciclo corporativo se encerrou em 2024, quando Lucas entrou em um período de pesquisa aprofundada, imersão tecnológica e desenvolvimento de novas teses, preparando o terreno para o próximo capítulo de sua trajetória como fundador.
A expectativa do novo negócio para 2026 inclui a expansão nacional com parceiros bancarizadores consolidados, crédito com juros acessíveis para clientes corporativos e institucionais, aumento do portfólio de ativos aceitos como garantia, novas integrações com Fidics, gestores, administradores, custodiantes e provedores globais, consolidação como um dos principais motores de crédito lastreado em ativos digitais e estrutura regulatória robusta que permita evolução para produtos mais complexos.