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O crescimento de Parcerias Público-Privadas no setor hospitalar

Foto:  Khunatorn/AdobeStock
Foto: Khunatorn/AdobeStock

O mercado de Parcerias Público-Privadas tem crescido, e cada vez mais tem sido visto como ponto-chave para a recuperação econômica no cenário pós-pandemia. De acordo com um balanço do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), para este ano estão previstas operações com mais de 153 ativos, o que deve garantir cerca de R$ 300 bilhões aplicados em novos projetos do modal.

No setor hospitalar, as PPPs, que não podem e nem devem ser confundidas com privatização da saúde, também têm como objetivo oferecer um serviço de qualidade e excelência, através da implantação, manutenção e operação de uma infraestrutura pública com alta eficiência, mas para um público oriundo de um serviço público que, na sua imensa maioria, só tem acesso a uma infraestrutura precária e sem a devida manutenção e atualização.

Um trabalho conjunto entre os dois entes, público e privado, bem gerido e que depende de investimentos contínuos e também maturidade leva tempo, claro. Contudo, estamos entrando na fase em que o primeiro ciclo das PPPs de infraestrutura de saúde feitas desde que o marco legal permitiu a parceria entre os setores públicos e privados se tornou operacional e a sociedade começa a perceber, de fato, os frutos colhidos com este modelo revolucionário.

Minha visão é muito positiva para o futuro próximo, pois entendo que a visibilidade destes projetos já operacionais e bem sucedidos é a chave para destravar uma verdadeira enxurrada de novos projetos no setor.

Vejo o acolhimento de todos os envolvidos, pacientes, médicos e enfermeiros, com a disponibilização de uma infraestrutura e equipamentos hospitalares com alta qualidade e disponibilidade, e para além do bem-estar do paciente, sentimos as consequências significativas na ruptura de gargalos no tempo de atendimento a esse público.

São mais leitos, qualidade e tecnologia entregues sem que se precise construir alas ou aumentar o número de camas e equipamentos, apenas extraindo dos existentes a máxima eficiência. E ainda há disposição para iniciativas que entregam mais que o básico.

Em Manaus, no Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, PPP sob gestão administrativa da OZN, um projeto de humanização realizado no Centro de Imagem com pacientes encaminhados do SUS é um bom exemplo.

Nas salas de exame de tomografia e ressonância magnética foi desenvolvido um amplo projeto de ambientação dinâmica, imagens de copas de árvores e luzes coloridas são projetadas no teto, com detalhes minuciosamente pensados para gerar abstração aos pacientes, com intuito de acalmá-los para a realização dos procedimentos. 

O trabalho, além de dar confiança e mais controle ao usuário, tem influenciado diretamente no fluxo dos exames, já que uma vez tranquilizados, as análises são mais diretas e os espaços imediatamente liberados para o próximo paciente. Assim, os exames demoram menos tempo do que antes e temos menor necessidade de uso de sedativos, propiciando que o equipamento atenda um maior número de exames com menor custo. Cuidado, carinho e atenção aliados à produtividade e eficiência.

Esse é apenas um exemplo de como o modelo de operação realizado por meio dessas parcerias se sobrepõe ao sucateamento de alguns serviços públicos de saúde oferecidos às comunidades.

Os benefícios vão além da infraestrutura, e na minha visão, existe um objetivo social ainda maior: entregar segurança, conforto e zelo a cada paciente que utiliza nossas dependências e contam conosco para acompanhá-lo em um momento tão delicado. É o que move o corpo de nossas empresas e nos fazem desenvolver cada vez mais nossas operações, para entregar serviços de excelência aos usuários que pagam seus impostos.

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CEO da Opy Health

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