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Do 5G ao 6G: como a tecnologia está a serviço das cidades do futuro?

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Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Eficiente, fluída e integrada, é o que se espera das redes 6G. Elevando de forma suficiente, o 6G potencializará as virtualidades do 5G, com o intuito de estabelecer uma interação entre usuário e tecnologia, completamente imersiva. Logo, fazendo jus ao conceito inaugurador de “Internet dos Sentidos”, a rede 6G fomentará os inúmeros benefícios da revolução digital que está em curso no Brasil e no mundo.

Não à toa, considerado uma prioridade estratégica tanto no contexto nacional como internacional, o 5G é uma tecnologia crítica e instrumental à inovação e à transformação digital. Inclusive, seu desempenho máximo, proporciona conectividade virtual de forma universal, o que serve e capacita uma quantidade significativa de serviços inovadores em diversos setores, como mobilidade autônoma e conectada, medicina à distância, gestão de energia, sistemas de Inteligência Artificial (IA), computação em nuvem, ecossistemas de internet das coisas (IoT) e, sobretudo, o desenvolvimento das smart cities.

Por isso, seguindo essa linha, ainda em fase de desenvolvimento, o 6G trará altas velocidades, ao mesmo tempo, que possui menor latência e uma largura de banda ainda maior, permitindo assim a transmissão de dados robustos e extensos, com respostas em microssegundos. Ou seja, esta é a única forma de lidar com a evolução natural do atual cenário, onde as cidades inteligentes são vistas cada vez mais como uma realidade.

Afinal, quando pensamos em metrópoles do tamanho de São Paulo, Nova Iorque, Tóquio ou Londres, totalmente conectadas à rede de internet em todos os aspectos dos cidadãos, a longo prazo, o 5G não estará pronto, nem suprirá adequadamente as necessidades de conexão. 

Fato é que, as tecnologias estão numa constante curva de evolução e, consequentemente, esse movimento predispõe um aumento tanto em volume como em velocidade. Logo, o 6G, em tese, chegará pronto para dar conta dessa realidade, que terá trilhões de dispositivos conectados simultaneamente. De carros a drones, de servidores remotos a edifícios inteiros, relógios e sensores nas roupas, enfim tudo estará interligado.

Além de facilitar o desenvolvimento de novas utilidades não só por meio da automação, da IA e da IoT, que já existem no 5G, os sistemas 6G também focará em inovações tecnológicas sem antes terem sido vistas, como a conexão de dispositivos e serviços com o cérebro humano, o transporte e a logística totalmente autônomas, personalização dos serviços, bem como, aplicações comunitárias e urbanas inteligentes, avanços tecnológicos nas áreas de monitoramento ambiental e gestão agrícola, entre outros.

Brevemente, a junção da IA com a IoT, permitirá que ocorra a detecção de ameaças, incluindo as cibernéticas, vigilância sanitária, tomada de decisões em áreas como a aplicação da lei e os sistemas de gestão social, além de medições da qualidade do ar e deteção de gases e toxicidade. Logo, é inegável que tanto o 5G como o 6G são as tecnologias mais influentes em cidades inteligentes, uma vez que ambas facilitam cada vez mais o desenvolvimento de novas aplicações e, em especial, desbloqueiam uma gama de serviços e produtos inovadores altamente dependentes da transmissão de dados em tempo real.

Enquanto as primeiras gerações de redes móveis sem fio estavam focadas em ampliar a comunicação de voz e texto entre os humanos, hoje, o maior foco é integrar o mundo físico e virtual, a fim de criar experiências extra sensoriais que possibilitam o surgimento de novas tecnologias, a exemplo do Metaverso. Não à toa, inúmeras empresas focadas em telefonia e tecnologia já estudam e investem no desenvolvimento do 6G, como Apple, Samsung, Nokia, Xiaomi e Siemens. Inclusive, os governos estão de olho na nova aplicação, como é o caso do Japão, que investiu verbas públicas em pesquisas sobre o tema. Ao que tudo indica, o país terá auxílio dos Estados Unidos neste sentido.

Porém, de acordo com o estudo Technical White Paper on 6G Network Architecture, a implementação da nova rede está prevista somente para 2030, ao passo que os fabricantes, operadoras e agências de telecomunicações, precisarão investir em novas tecnologias para processadores, componentes, fornecedores de energia, antenas e retransmissores. Ademais, toda a infraestrutura terá que ser readequada para receber o 6G. Ou seja, é um trabalho lento, complexo e caro, mas que, certamente, nos trará a um novo mundo, em termos de eficiência, segurança e conectividade. 

O 6G será fundamental para moldar as cidades do futuro! Portanto, esteja preparado para as mudanças radicais que a rede proporcionará na sociedade. Visto como uma estrada para o futuro, o 6G construirá uma cidade digital, a partir de uma estrutura excepcionalmente inteligente, que revolucionará a relação entre homem e tecnologia.

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Diretora de inovação do hub de open innovation Ibrawork.

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