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Saúde financeira da empresa começa com um olhar atento para a gestão de custos

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Foto: divulgação.

Se estamos falando da saúde financeira de uma empresa, automaticamente o assunto também se torna o nível de habilidade em gerir custos. Quer entender mais? Vamos pensar em uma metáfora: os custos e despesas são iguais as nossas unhas. 

Sim, é isso mesmo que você leu. Por incrível que pareça, essas pequenas partes do nosso corpo exemplificam perfeitamente tudo o que está relacionado com o tema da discussão, começando pela maneira que crescem. 

Assim como as unhas, os custos de uma empresa tendem a aumentar naturalmente, influenciados por fatores como inflação, crescimento dos salários e gastos de materiais. Ou seja, ambos precisam de cortes com uma certa frequência. 

É simples: a manutenção constante dos custos empresariais garante a eficiência operacional, evitando que a organização gaste mais do que o necessário para realizar suas atividades. Além disso, esse controle ajuda a companhia a se adaptar a um mercado atual extremamente dinâmico, mantendo sua competitividade em meio a qualquer mudança.

Parece fácil, não é? Mas, na prática, a história muda um pouco. Para se ter uma ideia, o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, no primeiro semestre de 2022, seis milhões de empresas brasileiras tinham as contas negativadas. 

A sustentabilidade financeira a longo prazo é uma missão complexa. Por isso, cada passo para alcançar um controle eficaz de custos deve ser levado muito a sério.

Não existe uma “receita de bolo” para gestão de custos, pois cada segmento tem alavancas de crescimento diferentes, por isso a importância de uma gestão próxima, com ritos de controle frequentes para que nenhum movimento brusco seja necessário. Esse comportamento de rotina de observação, discussão e ajuste rápido dos custos, precisa estar enraizado na cultura da liderança. “É melhor construir um relógio que pode dizer as horas mesmo quando você não está lá”, Jim Collins traz o conceito de que a busca pela saúde financeira precisa ser de todos os líderes.

Quais são os maiores desafios para reduzir custos?

Os tipos de despesa podem variar muito dependendo do tamanho e segmento da empresa. De custos diretos de produção a contratações, os desafios de cada uma são inúmeros, o que demanda algumas movimentações para garantir que todos sejam solucionados.

Em especial, podemos citar o olhar atento aos gastos fixos e a priorização do que é realmente necessário para a organização no quesito financeiro. A busca constante por novos fornecedores para promover concorrência e melhorar a qualidade e agilidade na entrega também se destacam.

Vamos entender tudo isso na prática. Pense em empresas que pagam licenças mensais tanto para o Excel quanto para o seu “irmão”, o Google Sheets. Alguns funcionários podem preferir usar o primeiro e outros o segundo, além daqueles que utilizam ambos.

Agora imagine como essa despesa pode subir a partir do momento em que o número de colaboradores aumenta. Será que é necessário, para todos os colaboradores, usar os dois softwares dessa categoria? Realmente isso traz uma maior produtividade para a organização?  

São aprofundamentos como esse que ressaltam os efeitos positivos de compreender à risca a dinâmica de gastos. E é assim que começa uma possível virada de chave para uma empresa atingir uma saúde financeira mais equilibrada.

Quais ações devem ser priorizadas para reduzir custos?

Já que a redução de despesas não é uma fórmula de bolo, as organizações devem olhar para elas mesmas no momento de avaliar como dar o primeiro passo neste processo. Em geral, os tópicos que esclarecem as suas prioridades e não podem ser deixados de lado são:

  1. Lideranças: profissionais experientes do setor financeiro ou os líderes podem tomar a decisão sobre as áreas prioritárias, afinal, a alta administração ocupa uma posição essencial no alinhamento dos objetivos da empresa;
  1. Margem bruta: trabalhar na redução de custos das áreas indiretas é fundamental para melhorar a margem bruta da empresa e, mais tarde, a avaliação do negócio pelo investidor;
  1. ‘Quick wins’: as opções de ganho de implementação facilitada proporcionam impactos rápidos e positivos no demonstrativo de lucros e perdas. São ações que ajudam a criar uma cultura organizacional voltada para a gestão eficiente de custos;
  1. COGS: vale a pena iniciar a redução de gastos pelos maiores orçamentos, com foco nos custos dos bens vendidos (COGS). Isso engloba elementos como matéria-prima, mão de obra direta, despesas de fabricação, armazenamento e embalagem.

Deu para perceber que a gestão de custos não é apenas uma simples prática financeira, não é mesmo? Da mesma maneira que as nossas unhas, a atenção diária para as despesas da empresa evita que problemas supostamente secundários cresçam exponencialmente.

O que está em jogo é uma filosofia empresarial, responsável por sustentar qualquer tipo de negócio.

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CFO da Conta Simples.

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