Por Vinícius Boemeke, CEO e Co-Founder da Pulsus.
Na era contemporânea, a tecnologia tem avançado a passos largos, e a mobilidade tornou-se uma peça-chave na vida cotidiana, tanto a nível pessoal quanto profissional. Neste contexto, trazendo a análise para a esfera empresarial, os celulares corporativos emergem como uma ferramenta fundamental no ambiente de trabalho, desempenhando um papel decisivo para o aumento da eficiência, produtividade e competitividade de pequenas, médias e grandes organizações.
Mobilidade empresarial na era moderna
A mobilidade empresarial, caracterizada pela capacidade de trabalhar em qualquer lugar e a qualquer momento, é uma tendência crescente. Com a expansão da conectividade e a proliferação de aplicativos e serviços online, as empresas podem agora operar globalmente e atender às demandas dos clientes de forma eficaz e agilizada. Neste cenário, os dispositivos móveis corporativos exercem um papel central, permitindo que os funcionários acessem informações, comuniquem-se e executem tarefas essenciais enquanto estão em movimento.
Existem várias razões pelas quais as empresas optam por implementar celulares corporativos. Primeiramente, esses dispositivos aprimoram a comunicação e colaboração. Com chamadas, mensagens de texto, e-mails e aplicativos de mensagens instantâneas, os colaboradores podem manter uma conexão constante com colegas de trabalho, clientes e parceiros de negócios, o que acelera a tomada de decisões, melhora a qualidade do atendimento ao cliente e, adicionalmente, permite que a empresa colete dados valiosos para a tomada de decisão. Por exemplo, é possível verificar se a venda foi concluída no ponto de venda (PDV), se o técnico realmente visitou a casa do cliente ou apenas indicou que foi, ou até mesmo obter fotos de prateleiras com produtos para aprimorar a inteligência de marketing, entre outras informações relevantes.
Além disso, os celulares possibilitam o acesso remoto a recursos corporativos, como documentos, aplicativos e sistemas da empresa. Isso significa que os funcionários podem desempenhar suas funções mesmo quando não estão no escritório, promovendo a eficiência operacional e, por conseguinte, reduzindo custos associados. Um exemplo concreto desse benefício pode ser observado em alguns segmentos, nos quais, antigamente, todos esses materiais e arquivos eram impressos periodicamente, acarretando despesas adicionais.
O fator crítico da segurança
A segurança da informação representa um desafio crucial no contexto dos celulares corporativos. Na busca incessante por proteger dados sensíveis, como senhas, informações de clientes e estratégias de negócios, as empresas têm implementado políticas rigorosas. Conforme aponta o Relatório de Exposição à Ameaças 2023, desenvolvido pela unidade de Inteligência e Pesquisa de Ameaças da Palo Alto Networks, as principais vulnerabilidades ocorrem em serviços remotos, infraestrutura de rede, páginas de login administrativo pela internet, banco de dados e compartilhamento de informações em sistemas de armazenamento.
É interessante notar que até mesmo figuras públicas, como o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o presidente francês Emmanuel Macron, já foram alvos de exposição ao spyware. Diante da possibilidade de perda ou roubo de um dispositivo, a capacidade de bloqueio remoto dos dispositivos corporativos surge como uma medida crucial para preservar a integridade das informações e reduzir riscos.
Outro aspecto relevante é a atenção voltada para a segurança nas comunicações internas, destacando a importância de controlar o acesso a aplicativos e conteúdos sensíveis. Essa abordagem não apenas evita acessos não autorizados, mas também protege a organização e os colaboradores, estabelecendo limites necessários.
Controle de acesso é etapa crucial
O Relatório de Gestão à Ameaças em Dispositivos Móveis 2023, produzido pela Zimperium, revela que as despesas decorrentes de fraudes se aproximam de US$48 bilhões em 2023, com 70% das fraudes digitais ocorrendo em dispositivos móveis. Nesse cenário, a gestão de exposição às ameaças torna-se fundamental para evitar interrupções nos serviços, prejuízos e danos reputacionais por invasões de hackers.
As empresas têm adotado diretrizes e ferramentas específicas para garantir que os colaboradores acessem apenas aplicativos e dados autorizados. Essa prática desempenha um papel vital na proteção de informações confidenciais e na promoção de uma cultura de segurança cibernética.
Além de garantir a segurança, o controle de acesso contribui significativamente para otimizar a produtividade. Ao restringir o acesso a aplicativos não relacionados ao trabalho ou a conteúdos não autorizados, as empresas direcionam os profissionais para tarefas essenciais, evitando distrações e o mau uso dos recursos. O controle de acesso, portanto, é um componente fundamental para assegurar que os dispositivos móveis sejam utilizados de forma responsável e eficaz, promovendo não apenas a segurança, mas também a redução de custos com planos de dados, o aumento da performance dos aparelhos e a maior durabilidade do hardware. Isso garante uma abordagem mais centrada em benefícios tangíveis e minimiza potenciais críticas associadas a determinados tipos de conteúdo.
Concluindo o artigo, os dispositivos móveis desempenham um papel essencial na era da mobilidade empresarial, aprimorando a comunicação, a produtividade e a segurança da informação, abrindo portas para que as empresas sejam mais ágeis e competitivas. No entanto, para garantir uma implementação bem-sucedida, as empresas devem investir não apenas em tecnologia, mas também em políticas de segurança, controle de acesso e treinamento adequado para seus funcionários. Dessa forma, os dispositivos móveis corporativos podem se tornar, efetivamente, ativos valiosos para o sucesso empresarial, dentro de um estado de disrupção tecnológica altamente benéfico para todos.