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O MBA que ensina as 10 habilidades mais buscadas pelo mercado de trabalho

Foto: divulgação.

O aprendizado tem muitas possibilidades. Não sou apegada aos tradicionais cargos ou títulos, mas acredito que, para quem está com a mente aberta ao conhecimento, todas as interações, conexões e experiências são possibilidades para aprender, inclusive nossos erros.

No entanto, passa longe do padrão atual escrever em um currículo: “2003 a 2008: casamento oficializado”, “2011 a 2015: falência da empresa”, “2016 a 2018: tratamento de um câncer”. Ou ainda: “2021 até o momento: maternidade da Sofia”.

O último exemplo é baseado em fatos reais. Tenho dois filhos: Nicholas completou 16 anos e Sofia comemorou há alguns meses o aniversário de 2. A maternidade é um aprendizado constante, que me ajudou a reconhecer minha própria potência e que me impulsiona a aprender, empreender e explorar novos caminhos. A maternidade é meu melhor MBA, e eu não sou a única a fazer parte dessa turma.

De acordo com pesquisa da consultoria Accenture, as mães que voltam a trabalhar depois de terem filhos são 2,5 vezes mais propensas a escolherem posições com salários maiores do que mulheres sem filhos. O estudo também mostrou que 53% das mulheres que são mães pensam em abrir seu próprio negócio, enquanto as mulheres sem filhos que querem ser empreendedoras não passam dos 35%.

Os estudos confirmam o que a prática nos reafirma todos os dias: quando nos tornamos mães, nossas ambições não são descartadas na sala de parto. Pelo contrário, nós buscamos crescer ainda mais na carreira, encaramos desafios com mais persistência e melhor inteligência emocional, devolvemos maior pensamento crítico, criatividade e nos tornamos mestras em gestão de conflitos.

Em uma de suas colunas sobre parentalidade, a psicanalista Chris Nicklas escreveu: “os filhos crescem e sobrevivem a cada obstáculo que saltamos com eles no colo. Os tombos são inevitáveis, mas nos fortalecem”.

Provavelmente você já se deparou nas redes sociais com perfis de mulheres que se descrevem como “mãe do Nicholas e da Sofia”, como eu mesma faço. Essa biografia é muito mais do que um movimento a favor da inclusão, é uma credencial poderosa de habilidades que estamos treinando e praticando desde o momento que descobrimos a gravidez.

São mais do que características inatas ou instintivas, são capacidades aprendidas diariamente por milhares de mulheres. De acordo com o IBGE, mais da metade das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres que são mães, e só esse dado já diz muito sobre a nossa potência. Há muito tempo existe o esforço para reconhecer a maternidade como um trabalho legítimo e agregador para o desenvolvimento de características valorizadas pelos empregadores.

Listadas pelo Fórum Econômico Mundial, as 10 habilidades mais buscadas pelo mercado de trabalho até 2025 são desenvolvidas durante a maternidade:

  1. Pensamento analítico e inovação
  2. Aprendizado ativo e estratégias de aprendizado
  3. Resolução de problemas complexos
  4. Análise e pensamento crítico
  5. Criatividade, originalidade e iniciativa
  6. Liderança e influência social
  7. Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade
  8. Raciocínio, resolução de problema e ideação
  9. Inteligência emocional
  10. Persuasão e Negociação

Proponho a você, que é mãe, fazer um exercício rápido: tente listar, para cada uma das habilidades, alguma experiência que você já vivenciou durante a sua maternidade. Não tenho dúvidas que durante a explosão de desenvolvimento que é ser mãe, as situações pelas quais você já passou com certeza exigiram de você diversos componentes dessa lista.

O cargo de mãe é o mais desafiador e estimulante de desenvolvimento pessoal que vamos ocupar ao longo da vida, e tenho certeza que minhas parceiras de turma do MBA da maternidade concordam. Espírito e prática de liderança, que soma a formação contínua ao aprimoramento de habilidades profissionais fundamentais – o ofício de mãe nos ensina, nos desafia e nos movimenta.

Lembre-se: você é a melhor aluna deste MBA, o mais completo que você poderia frequentar. Isso porque você já é a melhor mãe que seus filhos poderiam ter. Por mais mães possíveis, que reconhecem seu valor no que fazem diariamente, feliz dia!

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Co-fundadora do Todas Group

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