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Cultura tóxica: 5 sinais para identificá-la 

Foto: Marcio Pilot/divulgação.

Por Lívia Brandini, CEO da Kultua

Para uma empresa ter um ambiente saudável, produtivo e inclusivo, primeiramente, o ideal é diagnosticar a cultura que está instalada e analisar os preceitos da cultura desejada para entender se há convergência entre as duas. Assim, é possível tomar decisões de reparação dos problemas de forma rápida e clara.

A partir dos diagnósticos de cultura em profundidade, que levam em consideração o olhar dos colaboradores frente às empresas, elas conseguem mapear e identificar possíveis indicadores de uma cultura tóxica. São eles: funcionários com problemas de performance, desentendimentos recorrentes entre grupos internamente, competição excessiva e baixa autoestima. Tudo isso prejudica a saúde mental dos colaboradores a médio e longo prazo.

Dessa forma, mesmo em um cenário de recessão econômica e desemprego, os trabalhadores brasileiros não hesitam em pedir demissão. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do IBGE, revelam que aumentou o número de demissões voluntárias em 2022: no mês de janeiro foram 554.191, já em fevereiro, mais de 560 mil. E o mês de março bateu um recorde: foram 603.136 demissões.  

Para evitar o cenário e melhorar o “clima” dentro da sua empresa, quero mostrar aqui 5 fatores de alerta:

Turnover elevado

Muitas demissões voluntárias e contratações em um curto espaço de tempo, entre semanas e meses, significam mais atenção, primeiro, aos motivos e fatores para tal. Para reduzir as chances disso acontecer, é importante sempre estimular e acompanhar o processo evolutivo desses colaboradores. Conforme a Pesquisa Global Hopes and Fears 2022, da PwC, ao menos 93% dos participantes brasileiros estão conversando sobre temas sociais sensíveis no ambiente de trabalho, querendo mais apoio para incorporar questões de Governança ambiental, social e corporativa (ESG).

Silêncio e pouca interação 

O diálogo e a transparência no ambiente de trabalho são essenciais para a melhoria, rendimento e produtividade dentro dos funcionários. Quando notar que um colaborador pouco fala em reuniões ou até mesmo em uma conversa particular, é necessário quebrar esse “ciclo de silêncio”, motivá-lo e encorajá-lo a dar opiniões, explicando que ele contribui para a empresa com seus apontamentos. 

Pouco debate de ideias

Ainda no mesmo cerne do tópico anterior, a falta de discussões saudáveis no ambiente corporativo é preocupante. Demonstra desinteresse, apatia e distanciamento das questões da empresa por parte dos colaboradores. Por isso, reuniões mais dinâmicas e periódicas para interação interpessoal precisam estar como prioridade da liderança.

Comportamentos preconceituosos  

Reclamações recorrentes de piadas e assédios (moral e sexual), alerta vermelhíssimo. Ter diversidade em uma empresa, além de promover a inclusão dos grupos minorizados como negros, mulheres, pessoas LGBTQIA+ e pessoas com deficiência (PCD), minimiza e evita comportamentos preconceituosos de colaboradores que não fazem parte desses grupos. 

Muita fofoca e competição 

Falta de interação e união entre os colaboradores gera fofoca e as famigeradas “panelinhas”, o que acaba também refletindo em competição por resultados individuais ou em benefício de apenas pequenos grupos. O ideal é sempre proporcionar a convivência e sentimento de colaboração entre todos os funcionários.   

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