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Vazamento de dados: o que podemos aprender com a nova onda que atinge o Brasil

Foto: divulgação.
Foto: divulgação.

Por Eduardo Tardelli, CEO da upLexis.

Os casos de vazamento de dados têm avançado de maneira acelerada nos últimos anos. Para se ter uma ideia, somente no primeiro trimestre de 2022, 286 mil brasileiros tiveram seus dados expostos a partir de informações na internet, segundo um levantamento feito pela SurfShark, empresa especializada em privacidade. 

Dentre as informações que foram divulgadas estão e-mail, senhas, números de telefones e documentos pessoais como CPF e RG. Inclusive, os dados alarmantes servem para chamar a atenção de parte da população que, infelizmente, ainda desconhece o impacto negativo que este tipo de incidente pode trazer tanto para um cidadão quanto para uma empresa. 

A partir do momento que criminosos têm acesso a informações tão delicadas e sensíveis, eles podem se passar por essa empresa ou pessoa e tentar obter algum tipo de vantagem. Inclusive, há casos em que foram feitos saques de auxílio financeiro e até mesmo empréstimos utilizando informações pessoais de vítimas, por exemplo.

Neste cenário, alguns podem se perguntar: o que as empresas podem fazer para evitar se envolver em vazamentos de dados, como aconteceu recentemente com grandes organizações? Um excelente primeiro passo é investir em uma política de senhas fortes, a fim de evitar que cibercriminosos acessem as contas da organização.

A realização de backups de materiais importantes também é fundamental, ao passo que possibilita o armazenamento seguro de aplicações e dados sigilosos. Aliado a isso, existem outras medidas que podem ser adotadas, como: apostar em um antivírus de qualidade; realizar auditorias de segurança interna para verificar e garantir que tudo está sob controle; e incentivar os funcionários a utilizarem a VPN (Rede Virtual Privada), capaz de criptografar a comunicação com a internet e evitar o vazamento de dados da empresa.  

Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor, as empresas não podem abrir nenhuma brecha com relação ao vazamento de informações sigilosas. Afinal, caso ocorra algum incidente, elas serão responsabilizadas e enfrentarão medidas rígidas, como pagar de 2% do faturamento bruto até 50 milhões de reais de multa. 

O vazamento de dados é preocupante para todos, seja para uma pessoa física ou jurídica. Ademais, estamos nos aproximando do terceiro trimestre de 2023, período em que acontecem os maiores índices de ataques hackers, uma vez que os cibercriminosos aprimoram suas técnicas, de olho nas datas sazonais, como Black Friday, Natal e Ano Novo. 

Portanto, na era dos vazamentos de dados, todo cuidado é pouco. A fim de reduzir as vulnerabilidades e, consequentemente, prejuízos financeiros e de impacto negativo à marca no mercado, os empresários devem investir cada vez mais em tecnologias, capacitação profissional e, sobretudo, em protocolos de resposta a incidentes.

Passou da hora das empresas brasileiras priorizarem a segurança digital e implementarem mecanismos de controle e governança mais sofisticados, aliado a um planejamento eficiente direcionado para eventos de crise. 

Certamente, quem não fizer isso nos próximos meses, poderá ter prejuízos imensuráveis.

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