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Como cidades podem se inspirar em São Paulo e Curitiba para se tornarem smart cities

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Foto: divulgação.

Quando falamos de smart city, nos referimos a uma cidade conectada, sustentável e funcional na prática, que proporciona aos cidadãos qualidade de vida, crescimento econômico, sustentabilidade e melhores serviços urbanos, a partir do uso de tecnologias estratégicas e eficientes.

Este conceito leva em consideração principalmente, os setores de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, inovação, economia, educação, saúde e segurança.

Nesse sentido, podemos caracterizar uma cidade inteligente como sustentável, inovadora e segura, que utiliza, sobretudo, tecnologias de informação para melhorar a qualidade de vida da população e elevar as oportunidades de trabalho.

Ou seja, as smart cities são caracterizadas pela participação e inclusão dos cidadãos com a intenção de assegurar  as necessidades das presentes e futuras gerações, respeitando os aspectos econômicos, sociais e ambientais.

Lembrando que a junção de todos esses fatores constroem uma estrutura e cada uma delas representa uma dimensão que caracteriza e conceitua as smart cities.

A cidade de São Paulo, por exemplo, dominou o ranking do Connected Smart Cities, estudo elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta, por dois anos consecutivos, em 2020 e 2021. Porém, infelizmente, caiu no ano passado para a terceira posição, ficando atrás de Curitiba e Florianópolis, respectivamente.

O ranking mapeia todos os 680 municípios com mais de 50 mil habitantes com objetivo de definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil.

São Paulo se destaca em Mobilidade e Acessibilidade, sendo pioneiro na implementação de pagamento do transporte público, por meio de bilhete eletrônico via QR Code com a utilização de débito e PIX, abandonando de vez a obrigatoriedade do dinheiro físico.

Uma das plataformas que oferece este serviço na capital paulista, é o SP Pass, aplicativo desenvolvido pela UPM2, com o objetivo de tornar São Paulo um grande exemplo quando o assunto é transporte público. 

Já Curitiba é referência nacional na implementação da rede 5G, e foi considerada a primeira cidade do mundo a receber uma luminária pública atendida pela antena.

Além disso, a capital paranaense foi premiada no Smart City Expo Latam 2022, que aconteceu em Mérida, no México, na categoria Desenvolvimento Urbano Sustentável e Mobilidade.

Muitas cidades brasileiras caminham para se estabelecer como uma smart city, entre elas estão: Brasília, Niterói, Campinas, São Caetano do Sul, Vitória, Rio de Janeiro, Vinhedo, Barueri, Lajeado e Foz do Iguaçu, que construiu uma parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu e, a partir dessa relação, avançou tanto a ponto de ter um bairro inteligente, intitulado Vila A, que nada mais é do um celeiro de alternativas para o desenvolvimento de cidades sustentáveis.

O projeto foi apresentado pelo analista de negócio do PTI, Leonel Rodrigues, durante o Congresso Internacional de ESG no final do ano passado.

Portanto, analisando o âmbito geral e internacional, podemos dizer que são desenvolvidos vários estudos, que comprovam que implementar os conceitos de cidades inteligentes contribuem com a qualidade de vida da população nas áreas urbanas.

Nesse sentido, gostaria de fazer uma provocação: o protagonismo entregue à tecnologia deixou em segundo plano a participação dos cidadãos, que deveriam ser os verdadeiros protagonistas dessa transformação! 

Sendo assim, é cada vez mais importante e estratégico contribuir por meio de ações e iniciativas conjuntas as necessidades e interesses desses cidadãos, para que a construção do futuro seja dirigida pela visão ideal da sua própria comunidade.

Não basta apenas pensar no futuro, afinal a população deve criar e participar ativamente das soluções para questões críticas que se apresentam na atualidade.

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Sócia da Livre de Assédio.

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