Por Kauê Castro, key account manager da eCOMEX NSI.
Em um mundo cada vez mais conectado e interdependente, a economia é um tema que está constantemente no centro do debate público. A crescente globalização coloca o Comércio Exterior em um patamar de alta importância para o desenvolvimento econômico de países ao redor do mundo. Mas qual é exatamente o papel desse setor nesse contexto? Essa é uma pergunta que muitos se fazem, e, de fato, a resposta não é tão simples. Ao contrário do que muitos podem pensar, o Comércio Exterior envolve não apenas a importação e exportação de bens e serviços, mas tem desdobramentos em questões de política comercial, regulamentação, diplomacia e muito mais.
Quando falamos do Brasil, não há dúvidas de que as empresas e entidades do Comércio Exterior são essenciais para a economia do país. Essa é uma grande nação exportadora, com uma variedade de produtos e serviços que são altamente demandados em todo o mundo. Além disso, a importação de bens e serviços é fundamental para suprir as necessidades internas e manter a competitividade dos setores produtivos. Por essas razões, o setor de Comércio Exterior tem um papel crucial na promoção do crescimento econômico do Brasil e na geração de empregos e renda para a população.
Um panorama sobre os índices econômicos do setor
Segundo dados do Ministério da Economia, em 2022, o comércio exterior brasileiro apresentou um crescimento expressivo, com as exportações tendo um aumento de 19,1% e as importações crescendo ainda mais, com um aumento de 24,3%, em relação ao ano anterior. Esse crescimento no comércio internacional resultou em um superávit na balança comercial de US$ 61,8 bilhões, um valor superior ao de 2021, que foi de US$ 61,4 bilhões. Esses números indicam que o comércio exterior continua sendo uma importante fonte de receita para a economia brasileira, contribuindo para o crescimento econômico e a geração de empregos no país.
Apesar do notável crescimento do comércio exterior brasileiro em 2022, é fundamental destacar que a pandemia impôs uma série de desafios ao setor – que ainda impactam as empresas. Com as medidas restritivas adotadas pelos países em relação às viagens e circulação de mercadorias, muitos negócios tiveram que interromper suas operações, resultando em impactos negativos na economia global. Ademais, os elevados custos de transporte e a falta de matéria-prima também afetaram a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional. Logo, se tratando de um segmento fortemente impactado pela epidemia Global, é natural que o momento atual seja de crescimento.
O Comércio Exterior como fonte de divisas para o país
As divisas são moedas estrangeiras amplamente utilizadas como meio de troca internacional. Na economia, as divisas são usadas para comprar e vender bens e serviços em outros países, além de serem utilizadas para investimentos em empresas estrangeiras ou para fins de especulação financeira. O conceito de fonte de divisas se refere às receitas obtidas por um país por meio de transações internacionais, incluindo importações, exportações, turismo, remessas de trabalhadores no exterior e investimentos estrangeiros. O setor de Comércio Exterior contribui significativamente para o equilíbrio das contas externas do Brasil, pois as exportações geram receitas em moeda estrangeira, enquanto as importações representam uma saída de divisas.
Quando um país exporta mais do que importa, isso pode ajudar a fortalecer sua moeda nacional, uma vez que há maior demanda por ela no mercado internacional. Além disso, o Comércio Exterior pode estimular o desenvolvimento econômico e o aumento da competitividade dos setores produtivos locais, que podem ganhar escala, se tornando mais eficientes ao atenderem aos padrões internacionais de qualidade e inovação.
Por fim, o Comércio Exterior é um setor de grande importância para a economia brasileira, mas que enfrenta desafios significativos. Embora as perspectivas para o futuro sejam animadoras, é importante destacar que o caminho para o crescimento e a prosperidade do setor passa pelo investimento estratégico das empresas em tecnologia. É fundamental que sejam adotadas medidas para melhorar a infraestrutura, reduzir a burocracia e ampliar o investimento em automatizações de processo. Com a soma de esforços e a adoção de tecnologia, é possível consolidar o Comércio Exterior como um motor ainda mais potente para o desenvolvimento econômico do Brasil.