Com o propósito de criar vínculos entre empresas e consumidores por meio de uma compreensão profunda, a APOEMA, ateliê de pesquisa que aproxima o mundo corporativo de diferentes realidades, tem motivos para comemorar: a empresa fechou seu último balanço registrando um crescimento de 70% e alcançando um faturamento de R$ 1 milhão.
Ao acreditar que a pesquisa é uma poderosa ferramenta, capaz de revelar sentimentos e experiências que habitam as pessoas e guiam seus comportamentos, o ateliê, fundado pela publicitária Julia Ades, em 2016, tem alavancado negócios de gigantes do mercado, como Renner, Nubank, QuintoAndar, O Boticário, Nike e Tinder.
“A partir do momento que nos aproximamos de um universo, enxergamos além do que vemos e imaginamos. A pesquisa é uma ferramenta que transporta a marca para perto do universo do consumidor. Muitas empresas se conectam com a pesquisa por meio de uma relação superficial e enrijecida. E a APOEMA acredita no contrário: profundidade e maleabilidade”, ressalta.
Diferencial em um mercado competitivo
Em um mercado extremamente competitivo, a empresa encontrou seu diferencial: investigar seres humanos antes de investigar consumidores.
“Não dá para pensar em consumo sem compreender as pessoas e seus contextos sociais, culturais, familiares etc. A pesquisa de comportamento é, antes de mais nada, um mergulho em histórias de vida”, explica Helena Dias, sócia e head de pesquisa e projetos do ateliê.
Desde sua criação, a pesquisa exploratória é o que guia a metodologia e tem conquistado cada vez mais marcas brasileiras.
“Ao entender o que está por trás de cada comportamento, levamos mais criatividade e humanização para metodologias tradicionais de pesquisa, que são muito relevantes, mas que, muitas vezes, não são utilizadas em seu máximo potencial. Hoje, a grande maioria dos nossos clientes nos procura justamente para que possamos ajudá-los a humanizar os consumidores, as equipes de dentro da empresa, a levar sensibilidade e criatividade no que diz respeito ao estudo de comportamento de consumo. Eles chegam com essa demanda: um estudo que seja capaz de levantar uma compreensão do consumidor”, destaca Helena.
É a partir disso que o ateliê encontra criatividade e entrega insights valiosos em diferentes formatos, como mini documentário, diários online, podcast, revista, entre outros.
“Temos o cuidado em mergulhar naquilo que o cliente já sabe sobre seu consumidor e conectar os pontos para descobrir aquilo que eles não sabem. Não é algo que um plano de negócios consegue estruturar: é a nossa essência enquanto pesquisadoras e que, naturalmente, transborda para tudo que fazemos”, complementa.
Mundo corporativo em transformação
Para a fundadora, o mundo corporativo, apesar de coletar dados e informações a respeito do consumidor, muitas vezes ainda se mantém longe dele, e sabe pouco sobre sua realidade, seu contexto, família, manias, dores e sentimentos.
“O conhecimento a respeito do consumidor ainda gira muito em torno de hipóteses e achismos daquilo que imaginamos ser e que, no fundo, queremos que seja. Nós fazemos projeções e achamos determinadas coisas sobre as pessoas quando ainda há barreiras, quando ainda há distância e pouca conexão. As marcas mais atentas e inovadoras já estão resgatando esse olhar humano e integrado, querem se aproximar dos seres humanos e entender além do briefing. Nesse contexto, vemos que muitas pessoas, ainda acostumadas com uma forma quadrada de pensar, conseguem sair de seus papéis profissionais e se conectar consigo de forma mais humana através das etapas de uma pesquisa. É um processo que se retroalimenta. Isso é pesquisa: é aproximar pessoas de pessoas – o consumidor é uma consequência dessa relação”, explica.
Acompanhando esse movimento de mercado, a empresa pretende ultrapassar o último faturamento até o fim deste ano.
“Pensando no que acreditamos enquanto pesquisa, queremos levar nosso propósito para novos clientes e difundir, ao máximo, a pesquisa humana, profunda e sensível. Queremos realizar projetos que tenham essa demanda e abertura, com clientes curiosos que abracem essa missão”, afirma Julia.