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Como promover um ambiente corporativo mais feliz em 2022?

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Foto: .shock/AdobeStock

Na virada do ano o que todo mundo deseja é ser mais feliz, certo? Mas você já parou pra pensar de onde vem essa felicidade? Será que ela aparece num passe de mágica ou junto com o gênio da lâmpada?

A felicidade é um estado interno nosso, não é rir o tempo todo, mas se conhecer, saber o que faz bem, o que te agrada, sua necessidade, seus valores.

Ser feliz é ser grato, ser generoso consigo e com os demais, ter compaixão, empatia. É entender que o erro, o fracasso e a dor vêm, mas que eles fazem parte do nosso crescimento.

E por que estou aqui, numa coluna sobre liderança, falando disso? Porque não adianta buscar ser mais feliz no trabalho se você não sabe o que te faz feliz na vida de uma forma geral. Você não conhece seus valores, seus limites, não expressa suas necessidades.

Por outro lado, as empresas querem colaboradores motivados, felizes e produtivos. Mas, de novo, isso pode ser apenas um desejo vago por que eles não sabem o que é felicidade, como conquistar, como estimular.

Assim que terminei a formação de felicidade corporativa fui conversar com um diretor de uma empresa que me disse: lá vem ela falar de puff colorido e ginástica laboral. Essa frase expressa a mentalidade de muitos líderes e empresas ainda hoje. E o que fazer pra mudar essa realidade?

É preciso mudar a mentalidade de como os líderes e as empresas enxergam a felicidade corporativa. Entender que não é algo tangível, que se dá aos colaboradores, como altos salários e benefícios. Mas como ele se sente, como é o relacionamento com a cultura da empresa e com os gestores. Entender que ali ele trabalha com um propósito, que é ouvido, respeitado e pertencente.

E como as empresas vão se convencer dessa importância? Comece pelo vilão, como disse uma amiga que trabalhou na Disney.

E os números nunca estiveram tão em evidência. Segundo a Deloitte, 90% das demissões hoje em dia são por problemas comportamentais e apenas 10% problemas técnicos. Já uma pesquisa da Michael Page mostra que, no Brasil, 8 em cada 10 pessoas pedem demissão por causa do chefe.

Por outro lado, empresas com colaboradores felizes são mais eficientes em 85%, elas retêm talentos em 44% e são 300% mais inovadoras, além de diminuir o turnover em 55% e o burnout em 125%.

A própria Deloitte criou um programa para falar sobre felicidade com os seus colaboradores. Eles entenderam que para estar dentro do conceito de felicidade corporativa não é preciso estar feliz o tempo todo, mas que descobrir como ser e fazer as demais pessoas felizes pode gerar os resultados tão esperados (ou mais) pela empresa.

Ainda há muito caminho a trilhar até que uma empresa incorpore genuinamente um programa de felicidade corporativa que, de fato, impacte e gere resultados nos colaboradores.

E para que isso aconteça, a decisão tem que partir de cima, tem que ser genuína, o gestor tem que saber que não existe receita de bolo, mas existe ferramenta e metodologia. No entanto, é preciso disponibilidade de tempo, verba e vontade para fazer acontecer.

Os exemplos de que tudo isso dá certo já podem ser vistos em empresas que já investem em felicidade, como Zappos ou o Grupo Gaia aqui no Brasil. São empresas com valores bem definidos e que são, de fato, colocados em prática no dia a dia.

Os resultados estão aí, o que falta pra você se juntar a esse grupo?

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Mentora de liderança com ousadia

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